Treze gols marcados em 15 rodadas do Campeonato Brasileiro. Na mesma quantidade de partidas, 16 gols sofridos. No entanto, somente nos últimos quatro jogos, foram seis tentos contra o Tricolor: 1 a 0 para o Atlético-PR, 3 a 0 para o Grêmio e 2 a 0 para o Atlético-MG. Em contrapartida, o ataque do time baiano não conseguiu balançar as redes adversárias em nenhum dos últimos quatro duelos.
Neste domingo, após o empate em 0 a 0 com o Santos, o técnico Cristóvão Borges comentou o desequilíbrio dos últimos confrontos. O treinador admitiu preocupação com o rendimento do ataque e com os recentes resultados desfavoráveis. O técnico preferiu, no entanto, destacar outro ponto: apesar de não ter marcado gols, o Bahia conseguiu parar de sofrê-los.
– É uma preocupação. Nas conversas da semana, falamos muito sobre isso. Nossa equipe, mesmo quando marcava poucos gols, sofria pouquíssimos. E a gente veio com uma média de dois gols por partida nos últimos três jogos. Então tínhamos que mudar isso. Isso é um ponto importante, porque tinha que parar de tomar gols. Isso nós conseguimos, mas faltou o gol a favor. E a equipe buscou. O Santos ficou muito tempo fechado, só esperando. Por isso alguns erros aconteceram, porque a equipe se arriscou – avaliou o treinador.
Mas a preocupação com a eficiência dos homens de frente não é exclusiva de Cristóvão ou da torcida do Bahia. Incomodado com o jejum, que vem desde o duelo com o Flamengo, pela 10ª rodada do Brasileirão, o atacante Fernandão pediu paciência após deixar o campo e garantiu que, com a continuidade dos treinos, os gols voltarão a aparecer.
– Com trabalho, a bola vai entrar daqui a pouco. Sei que tenho condições de fazer o gol pelo Bahia, então vou continuar trabalhando. Está faltando a bola chegar mais redonda, mais caprichada. Não sou um jogador habilidoso, mas vou ter vontade sempre. Só precisa ter paciência – afirmou o jogador, que já disputou a artilharia do Brasileirão. Hoje, Fernandão tem cinco gols marcados, cinco a menos que o artilheiro da competição, William, da Ponte Preta.
O técnico do Bahia, no entanto, discorda da opinião do atacante. Ao ser confrontado com a afirmativa de seu jogador, Cristóvão Borges preferiu destacar a qualidade da equipe, sem esquecer que evolução é uma necessidade constante.
– Nós tivemos oportunidades. A bola chegou na área. Claro que temos que evoluir, melhorar. Mas qualidade de passe a gente teve. É algo que precisamos melhorar. Quando você arrisca mais, a possibilidade de errar aumenta. Mas a equipe tem qualidade, sim.
Para Cristóvão, tudo é questão de tempo. O treinador destaca que é preciso saber aproveitar os pontos fortes de cada atleta, fala das manobras para evitar que o Bahia seja previsível e prevê uma melhora nas atuações da equipe. Segundo ele, não tomar gols diante do Santos já foi o primeiro passo.
– Existem características de jogadores que são boas e você tem que aproveitar. Fernandão tem algumas, que a gente tem aproveitado. Já aproveitamos contra o Goiás. Mas só que não é só isso. Ele faz mais que isso e ajuda a equipe, é o nosso artilheiro. A gente vai continuar procurando corrigir. Em alguns jogos, a gente jogou em outro sistema. A gente tenta mudar às vezes. Em alguns momentos, tem que voltar ao esquema antigo. Hoje conseguimos não tomar gol e, com isso, acho que vamos conseguir voltar a jogar como queremos – finalizou. As informações são do G1.