Terminou hoje (23) a greve dos trabalhadores da construção pesada, em Salvador. Em uma assembleia da categoria no Campo da Pólvora, segundo Irailson Warnoaux, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintepav), a greve foi decretada na última quinta-feira (16). Os operários voltam ao trabalho ainda nesta quinta-feira, após sete dias parados.
Mais de seis mil trabalhadores que atuam nas obras do metrô e na Avenida 29 de março aderiram à paralisação. "Conseguimos avançar. A proposta apresentada na reunião de ontem [quarta-feira] com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi contemplada com sucesso hoje [quinta-feira] pelos trabalhadores. No geral o reajuste foi 7,68", informou o sindicalista.
O acordo para o fim da greve foi firmadoentre os trabalhadores da indústria da construção pesada e empresários do setor em audiência pública na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Salvador. A proposta de acordo foi apresentada pelo presidente do Tribunal, o desembargador Valtércio de Oliveira, e pelo representante do Ministério Público do Trabalho, o procurador regional Antônio Messias Bulcão.
Entre as definições acordadas e contempladas pela categoria, ficou acertado que quem recebe até R$ 7.100,00 terá reajuste de 7,68% a partir de 1º de março, data base da categoria, com retroativo pago na folha de pagamento do mês de maio. O valor salarial contempla os cargos desde ajudante comum até encarregado de obras.
A cesta básica terá reajuste de R$ 20 no valor praticado por cada empresa. Em relação à compensação dos dias parados, conforme Warnoaux, "os sete dias serão compensados em apenas um dia de trabalho, no sábado", afirma o sindicalista. O TRT disse que, aos sábados, ficava a critério de cada empresa. O TRT diz que ouviu as partes separadamente antes de formular a proposta. A homologação do acordo vai ser às 17h do dia 7 de maio.
Pedido inicial da categoria.
Uma assembleia geral foi realizada no dia 16 de abril por conta da campanha salarial. Na ocasião, eles aprovaram a paralisação da categoria como forma de advertância em obras como as do metrô e da Avenida 29 de Março, assim como de saneamento básico e terraplanagem. Até então, tinham sido realizadas oito rodadas de negociação, segundo o sindicato.
Numa mediação feira pela Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE), no dia 15 de abril, foram apresentadas as demandas dos trabalhadores: reajuste salarial de 9%, além de cesta básica no valor de R$ 310. Na situação, o sindicato patronal ofereceu aumento em 6,5% no salário e manutenção do valor da cesta básica.