Thelma Assis, a médica anestesiologista e campeã do Big Brother Brasil de 2020, foi à delegacia, na terça-feira (19), a fim de denunciar ataques racistas que vinha sofrendo na internet.

A ida ao local foi compartilhada com seus seguidores, através da ferramenta de stories do Instagram. “Eu sempre disse que a internet não era terra de ninguém”, afirmou, rebatendo as diversas pessoas que utilizam perfis na web para cometer crimes de ódio e injúria, crendo que jamais serão punidas por isso. “Fogo nos racistas!”, concluiu.

Diversas celebridades vêm sendo vítimas deste tipo de crime no âmbito virtual, como Maria Júlia Coutinho, Taís Araujo e a baiana Tia Má. Recentemente, a cantora Ludmilla chegou a desativar suas redes sociais durante dias, por não suportar mais os ataques racistas que vinha recebendo.

Como denunciar

Em alguns estados do Brasil, existem delegacias e grupos especializados em crimes ambientados na internet. Na Bahia, por exemplo, há o Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos, localizado na Polinter, no Complexo Policial dos Barris. Seu telefone de contato é o (71) 3117 – 6109.

Um trabalho bastante interessante também é realizado pela organização não governamental Safernet, que reúne cientistas da computação, professores, pesquisadores e especialistas em direito, tendo como principal objetivo defender e promover os direitos humanos no ambiente virtual.

A Safernet trabalha cooperando com instituições governamentais, como o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Câmara de Deputados e Secretaria de Direitos Humanos. Há também parcerias com a iniciativa privada e a entidade internacional INHOPE. Denúncias também podem ser feitas através do site da ONG.

Vale lembrar que racismo é um crime inafiançável, que fere a dignidade da pessoa humana.

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