O homem de 43 anos, que mantinha uma mulher em cativeiro por quase 10 anos na Bahia, se entregou na Delegacia de Linhares, no norte do Espírito Santo, na última segunda-feira (14). O suspeito é tio da vítima e compareceu acompanhado de advogado, apresentando documentos que serão analisados pela Justiça.

A vítima, de 25 anos, era considerada desaparecida desde 2015, quando morava em Rio Bananal, no norte do Espírito Santo. Ela foi encontrada e liberta de um cativeiro no dia 20 de setembro e, desde então, o suspeito fugiu e era considerado foragido.

Após se entregar, o suspeito foi preso e conduzido para o Centro de Detenção Provisória da Serra, na Grande Vitória, onde ficam detidos aqueles que cometem crimes sexuais.

RELEMBRE O CASO

Uma operação policial, realizada entre quinta (19) e sexta-feira (20), resgatou uma mulher de 25 anos que estava mantida em cárcere privado pelo tio por cerca de dez anos, no município de Jucuruçu, no sul da Bahia. Em um vídeo registrado pela Polícia Civil do Espírito Santo (PC-ES), é possível ver o momento do reencontro entre a vítima e o pai após ser liberta.

De acordo com informações, a vítima estava desaparecida desde 2015, em Rio Bananal, no Espírito Santo, após ser sequestrada pelo tio. Recentemente, ela conseguiu entrar em contato com a família por meio das redes sociais, dando início a operação policial. Os policiais civis, acompanhado do pai da vítima, seguiram de Rio Bananal, no Espírito Santo, com destino à Jucuruçu, na Bahia. Eles cercaram o local, mas o suspeito, de 43 anos, conseguiu fugir pela mata.

Ainda segundo informações, a vítima relatou que foi sequestrada pelo suspeito em 2015 e, desde então, passou a sofrer abusos sexuais e era mantida trancada e sob ameaça de morte, inclusive contra seus familiares, caso tentasse escapar. O tio já vinha coagindo a sobrinha desde 2014, quando cometeu o primeiro abuso sexual contra ela.

Em 2015, com 15 anos, a vítima foi sequestrada pelo tio, sob alegação que, caso ela não fosse com ele, mataria ela e a família. À época, a adolescente deixou uma carta para a família dizendo que iria embora. O pai dela procurou o Ministério Público do Espírito Santo e a Delegacia de desaparecimento, mas não foi possível localizá-la.

Há oito meses o suspeito deu um celular à vítima, que conseguiu criar um perfil nas redes sociais e contatou a família sem o conhecimento dele. Ela foi liberta e, no cativeiro, foram apreendidas três armas de fogo de fabricação caseira, incluindo um calibre 12 e um revólver calibre 38, além de munições e documentos falsos.

O suspeito continua sendo procurado pela polícia e, quando for preso, responderá por sequestro e cárcere privado, estupro, ameaça, porte ilegal de arma de fogo, entre outros.

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