Em entrevista coletiva neta quarta-feira (9), antes do jogo amistoso da Seleção Brasileira contra a Nigéria, o técnico Tite aproveitou para revelar a escalação e defendeu o atacante Neymar das críticas no episódio da acusação de estupro feita pela modelo Najila Trindade. A Polícia de São Paulo encerrou o caso sem indiciar o jogador.
“As informações que vocês têm não são a realidade que nos temos. Não vou falar publicamente algumas coisas, não tenho esse direito. Temos relação de dizer o que é certo, o que é errado. Respeito quem fala, mas não tem a devida avaliação. Vou fazer o quê? A minha verdade e a minha consciência são maiores. Tenho muita paz comigo mesmo. Não pago preço para ficar bajulando jogador nenhum. Isso é a minha educação, não como técnico. Como ser humano. Falei à época da Copa América que a verdade vem à tona, com o tempo. O tempo pode proporcionar (avaliações). Recebi 30 perguntas sobre o que aconteceu com ele, disse para terem calma antes de julgar. Tive que responder com pré-julgamento a respeito dele. Foi horrível de tratar. Deixo o tempo, não julgo ninguém. Mas me incomoda sim (essas críticas), principalmente fazerem julgamento sem informações, sem saber a conduta”, afirmou.
O Brasil encara a Nigéria nesta quinta (10), a partir das 9h no horário de Brasília, no estádio Nacional de Singapura. Tite confirmou a escalação da seleção que começará jogando com: Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro e Arthur; Coutinho, Gabriel Jesus, Neymar e Roberto Firmino. A escalação é a mesma que venceu o Peru na final da Copa América em julho, com exceção da entrada do atacante do PSG no lugar de Everton Cebolinha. O treinador também comentou a opção em deixar o jogador do Grêmio no banco de reservas.
“A fase que nos encontramos é de oportunidades. Em termos táticos estamos agora num 4-4-2, com Firmino e Neymar na frente, Gabriel, um atacante de lado e um meia-atacante do outro, que é Coutinho, além de dois meio-campistas centrais. É o modelo de jogo que busca para dar dinâmica, como foi no segundo tempo contra a Colômbia (amistoso de setembro). Foi nosso melhor momento nos últimos jogos. Quero reproduzir essa forma de jogo. E sim, fico chateado por tirar o Everton, mas mostra que tenho outros jogadores prontos para ir bem se precisar”, explicou.