A greve dos trabalhadores da construção pesada fez com que as obras da passarela no distrito de menino Jesus BR 324, em Candeias paralisassem totalmente.
Apesar de ontem à tarde empresariado e trabalhadores terem se reunido para tentar um acordo, houve impasse na negociação e a greve, que já dura 19 dias, vai continuar.
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A categoria se reuniu na manhã da última sexta feira 30 nas imediações da obra da Via Expressa Baía de Todos os Santos, na Rótula do Abacaxi, para mais uma manifestação.
A paralisação afeta 25 mil dos 40 mil trabalhadores do setor, oito mil só em Salvador, responsáveis pelas obras de infraestrutura do Estado, e deixa 47 obras paradas em toda a Bahia.
Os trabalhadores querem reajuste de 15%, cesta básica de R$ 200, horas extras de segunda a sexta de 70%, no sábado, de 100%, e domingos e feriados, de 120%.
Os grevistas também pedem redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário, aviso prévio indenizado e contrato de experiência de 30 dias.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Montagem Industrial da Bahia (Sintepav), Adalberto Galvão, na audiência de conciliação da categoria com o sindicato patronato, dia 12 de abril, os trabalhadores aceitaram a contraproposta apresentada pelo Ministério Público: reajuste de 11%, cesta básica de R$110, hora extra de 100% no sábado e não receberia de segunda a sexta, entretanto a proposta foi negada pelo sindicato patronato.
A próxima reunião convocada pelo patronato está marcada em caráter de emergência para esta segunda-feira, 3, no Edifício Tancredo Neves, Stiep, às 14h.
Participam do encontro representantes do sindicato do patronato, empresários e líderes do Sintepav.
Uma assembléia geral está marcada para a próxima terça-feira, na Rótula do Abacaxi, e a reunião vai definir se os trabalhadores continuam parados ou não.