Um ato, na manhã desta quinta-feira (27), em frente à Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento da Bahia (CERB), marca os 53 dias de greve dos trabalhadores da empresa, que fica no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador.. Eles permanecem acampados em frente a sede. A CERB é responsável pela construção de sistemas de abastecimento de água no interior do estado.
De acordo com informações do coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente da Bahia (Sindae) Danillo Libarino, a categoria aceitou a proposta de conciliação feita pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Valtércio de Oliveira, durante a audiência na última segunda-feira (24), mas o governo e a CERB ainda não se pronunciaram sobre o assunto.” Como eles não se pronunciaram, a categoria decidiu manter a greve até a próxima terça (1º), quando haverá nova audiência no TRT. No dia 02 de setembro vamos fazer uma assembleia com os trabalhadores e decidir os rumos das negociações e da paralisação”, afirmou Danillo.
Na assembleia de terça (25) ficou decidida a aceitação da proposta do presidente do Tribunal: 8,17% de reajuste parcelados em duas vezes, mas sendo 5% retroativos a primeiro de maio (e não 4,5%) e o restante em novembro, sem retroatividade, além de aumento de R$ 7,00 em todas as faixas da diária, auxílio alimentação de R$ 6,50 sem incorporação ao salário ou com um reajuste e incorporação, mais abono de 50% dos dias parados e compensação para os outros 50%, além de deixar a discussão do Planserv para um momento posterior. Quanto ao corte dos dias parados, o sindicato ficou de entrar ontem (26) com um recurso na Justiça pedindo agilidade no julgamento da liminar que trata dessa questão.
Além disso, durante o ato, o sindicato teria alegado que a polícia estaria reprimindo a manifestação dos empregados e uma possível confusão e confronto com a polícia foram gerados.