A gratuidade concedida no transporte público nas eleições de 2022 gerou uma dívida milionária do governo estadual com as empresas de ônibus. Essa seria uma das causas da crise enfrentada pelo sistema metropolitano, que desencadeou em um estado de greve dos rodoviários.

A explicação é do diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários Metropolitano (Sindmetro), Mario Cleber. Em conversa com o Bahia no Ar, o sindicalista detalhou as alegações apresentadas pelos representantes das empresas durante rodada de negociação ocorrida na última terça-feira (28).

“Os empresários anunciaram que o Governo do Estado tem um débito com eles ainda do ano passado, no dia das eleições do segundo turno, em que todo transporte do estado foi gratuito, gerando uma dívida milionária com as empresas de ônibus. Estamos falando das empresas metropolitanas, das intermunicipais, do ferry boat e metrô, que rodaram gratuitamente. É uma dívida milionária que o governo tem e que até hoje não foi paga. Se essa divida fosse paga poderia ser diluída em 2023 e poderia amenizar a situação das empresas, se elas recebessem esse dia. Um dia com todo estado parado ou ofertando transporte gratuito, isso traz um prejuízo enorme dentro do mês para as empresas”, afirma.

Ainda segundo Mario Cleber, outro fator que atingiu em cheio o empresariado do setor foi a derrubada da PEC no Senado que garantia verba ao transporte público de estados e municípios.

 

 

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