Uma audiência entre o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5-BA) e representantes do Sindicato dos Vigilantes do Estado (Sindvigilantes), do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado da Bahia (Sindesp), do Sindicato Metropolitano dos Vigilantes (Camaçari) e do Sindicato dos Vigilantes de Itabuna tentará uma conciliação no dissídio coletivo por conta da paralisação da categoria, que entrou no segundo dia, nesta quarta-feira, 27. O encontro acontecerá nesta quinta, 28, na sede do órgão, em Nazaré.

Os representantes da categoria já foram notificados sobre a audiência e se reúnem na tarde desta quarta-feira, 27, para avaliar os rumos da greve. De acordo com a assessoria do sindicato, não estão previstas novas manifestações para esta quarta-feira. Pela manhã os vigilantes saíram em passeata do Iguatemi até a Avenida Tancredo Neves deixando o trânsito congestionado na região. O protesto foi finalizado por volta de 12 horas.

Já na manhã desta quinta-feira, 28, segundo o Sindvigilantes, os grevistas devem realizar novamente bloqueios nas entradas das agências bancárias no centro da cidade, para impedir que os vigilantes assumam os postos de trabalho. No momento da audiência, os trabalhadores também devem ir para a sede do TRT5. Após o encontro, uma assembleia deve definir o futuro da greve.

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Bancos – A greve dos vigilantes manteve os bancos fechados nesta quarta-feira, 27, pelo segundo dia consecutivo. "Estamos com piquetes na maioria das agências do Centro, Comércio, Cidade Baixa, Garcia e Barra, para impedir o funcionamento", explica o diretor do sindicato da categoria, Paulo Brito.

De acordo com o sindicalista, as instituições financeiras são o foco principal dos vigilantes por conta da lei federal 7.102/83, que determina a necessidade de, no mínimo, dois profissionais de segurança em cada unidade bancária.

A assessoria do Banco do Brasil confirma o fechamento de suas agências e diz que a instituição aguarda o retorno dos vigilantes para retomar o atendimento ao público. A assessoria da Caixa Econômica Federal foi procurada, mas ainda não se pronunciou sobre a greve nesta quarta.

Reivindicação – Os vigilantes pedem o cumprimento da lei 12.740, que estabelece adicional de periculosidade de 30%. Apesar de ter sido assinada pela presidente Dilma Roussef, em dezembro de 2012, o patronato não realiza o pagamento do benefício, alega os sindicalistas.

Osba – A paralisação dos vigilantes já interfere na programação cultural da cidade. O Teatro Castro Alves anunciou o adiamento da apresentação do Concerto de Abertura da Temporada 2013 da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), que aconteceria nesta quarta-feira, 27.

Segundo o TCA, a presença dos seguranças dentro do teatro é impreescídível para a realização de atividades artísticas. Ainda não foi divulgada a nova data para a realização do evento.

Uefs – A Universidade Estadual de Feira de Santana anunciou na terça-feira, 26, que suspenderia as atividades por conta da paralisação dos vigilantes. No comunicado, a universidade informava que estava direcionando recursos para a segurança do campus universitário, que fica em uma zona afastada do centro da cidade e de pouco movimento. A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Uefs na tarde desta quarta-feira, mas as ligações não foram atendidas.

Clériston Andrade – Também em Feira de Santana, o Hospital Geral Clériston Andrade teve a rotina alterada. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, todas as visitas foram suspensas na tarde desta quarta, até que os vigilantes voltem aos postos de trabalho. O hospital funciona normalmente nas áreas de atendimento ambulatorial e emergência. Fonte: A Tarde