Após as autoridades americanas demosntrarem preocupação com a possibilidade do TikTok ser usado como ferramenta da inteligência chinesa, o presidente americano, Donald Trump, anunciou na sexta-feira (31) que irá proibir a rede social nos Estados Unidos (EUA).
“No que diz respeito ao TikTok, estamos banindo-os dos Estados Unidos”, assegurou o presidente norte-americano.
Aos repórteres que viajavam com ele no avião presidencial, Trump afirmou que vai anunciar medidas neste sábado (1º) contra a popular plataforma de compartilhamento de vídeos, que já virou “febre” entre os internautas da maior parte do mundo.
No entanto, Trump não antecipou quais as medidas que serão adotadas pelo país, apenas pontuou que poderia usar “poderes econômicos de emergência” ou “uma ordem executiva” para banir o TikTok nos EUA.
“Eu tenho essa autoridade. Eu posso fazer isso com uma ordem executiva ou …”, enalteceu o mandatário ao se referir aos poderes econômicos emergenciais.
Sobre o aplicativo
O TikTok é um aplicativo gratuito de vídeos que nos últimos meses se tornou bastante popular, sobretudo, entre os jovens. Ele funciona como uma espécie de versão resumida do YouTube, onde os usuários podem postar gravações visuais de até um minuto e escolher entre um enorme banco de dados de músicas e filtros.
Quando um usuário tem mais de mil seguidores, ele também pode fazer transmissões ao vivo para seus fãs e aceitar presentes digitais que podem ser trocados por dinheiro.
A plataforma pertence à ByteDance, uma empresa com sede na China, que tem cerca de um bilhão de usuários no mundo.
Mais cedo, o The Wall Street Journal e a agência de notícia Bloomberg informaram que Trump determinou a venda das operações americanas do TikTok, ao estimar que o serviço poderia ser usado pela inteligência chinesa.
Outros relatórios, incluindo um da Fox News, apontaram que a Microsoft estava negociando para adquirir a rede social, cujo valor poderia alcançar dezenas de bilhões de dólares.
Funcionários e legisladores americanos expressaram nas últimas semanas preocupação com a possibilidade de o TikTok ser usado pela China como ferramenta de espionagem. A empresa responsável pela rede social nega qualquer vínculo com o governo de Pequim.