O atual presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, bloqueou o acesso da equipe do novo presidente eleito no país, Joe Biden, no que diz respeito a informações que precisam ser iniciadas para transição de governo.

A equipe de Trump se recusa a assinar uma carta oficial que permite que Joe Biden inicie legalmente a transição, após ter sido declarado vencedor da disputa presidencial no último fim de semana. O ato em questão reconhece formalmente a vitória do democrata,; situação que Donald Trump vem se recusando a fazer.

Assim que um novo presidente é eleito nos EUA, a Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês) autoriza de maneira formal o início da transição. O documento permite o acesso aos recursos para pagamento de salários e apoio administrativo aos novos funcionários, além do acesso à burocracia americana – cujo valor total estimado, este ano, é de US$ 9,9 milhões (R$ 52,97 milhões).

Esse processo é realizado no país desde 1963, quando a Lei de Transição Presidencial foi promulgada e, até agora, começava sempre horas ou dias depois de um novo presidente ser declarado eleito. Há quatro anos atrás, em 2016, por exemplo, o então presidente Barack Obama concedeu rapidamente a transição a Trump e chegou a receber o republicano na Casa Branca após o resultado da eleição que venceu Hillary Clinton.

Por sua vez, a equipe de Joe Biden já foi autorizada a estabelecer um escritório de transição na sede do Departamento de Comércio, em Washington, mas todos os outros acessos a dados e recursos – para iniciar formalmente o trabalho – dependem da carta assinada pela GSA.

Caso a recusa de Trump em assinar a carta se estenda por mais tempo, esta será a primeira vez que uma transição sofre esse tipo de atraso na história moderna dos EUA, com exceção de 2000, quando a disputa entre George W. Bush e Al Gore foi decidida na Suprema Corte, interrompendo a recontagem de votos no estado da Flórida.

Ademais, a equipe de transição é geralmente composta por quadros técnicos, e não políticos, e pode ter acesso a informações confidenciais do governo que vai sair. Com isso, a nova equipe tem acesso aos prédios do governo, aos sistemas de computador, endereço de e-mail e começa a trabalhar com a equipe em exercício.

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