Aconteceu esta semana, na 2ª Vara do Trabalho de Simões Filho, a primeira audiência da ação trabalhista movida contra a empresa Eternit – que possui uma unidade instalada nos limites geográficos do município – pedindo indenização de cerca de R$ 225 milhões por danos morais coletivos. A audiência ocorreu na terça-feira (17) e foi conduzida pelo juiz George Santos Almeida.

A ação, proposta pelo Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) contra a Eternit, é resultado de inquérito que comprovou a exposição de centenas de trabalhadores e do meio ambiente a partículas de amianto, substância banida em diversos países e recentemente também alvo de decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que abre caminho para o banimento total da substância no Brasil.

O MPT inspecionou a sede da empresa em Simões Filho e identificou graves riscos à saúde de funcionários, além de riscos ambientais, segundo matéria divulgada pelo site Bahia Notícias.

Além de pedir a condenação por dano moral, o MPT requer o banimento da utilização de amianto na produção de telhas e tanques, proposta que recebeu sinalização positiva dos advogados da empresa na audiência. A Eternit terá 15 dias para apresentar uma proposta de acordo.

Perigo – A contaminação por amianto causa câncer de pulmão e ocorre de forma lenta e gradual. Não há níveis de exposição ao produto que possam ser considerados seguros. Há registros de parentes de empregados de fábricas e de minas que se contaminaram apenas pelo contato com as roupas do empregado ao chegar em casa.

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