O Procon-Bahia informou que autuou a Faculdade Unijorge devido à queda de um elevador do campus Comércio, em Salvador, que deixou três pessoas feridas. A autuação foi divulgada nesta quarta-feira (21).
De acordo com informações do órgão, a medida foi tomada após o acidente, registrado no dia 29 de setembro, e também porque, no dia 15 de outubro, uma aluna ficou presa no elevador após pane elétrica.
“No dia seguinte ao acidente, o Procon notificou o estabelecimento para prestar esclarecimentos do acontecido. Esses esclarecimentos foram prestados. Como o órgão detectou que houve uma prestação defeituosa do serviço, isso o que levou à autuação”, explicou o diretor de Fiscalização do Procon-Bahia, Iratan Vilas Boas. Ainda de acordo com o representante do órgão, a Unijorge ainda deve ser comunicada formalmente.

Com a autuação, será aberto um processo administrativo e uma multa será estipulada. O Procon ressalta que, a partir da data da notificação formal do auto de infração à empresa, haverá um prazo de 10 dias para defesa.
A faculdade informou que a última notificação recebida pelo Procon foi do dia 30 de setembro, um dia após o ocorrido. “A mesma foi respondida dentro do prazo de 10 dias, na data de 09 de outubro, com as devidas provas anexas”, apontou. Nenhuma nova notificação foi recebida até o momento, informou a empresa.

Entenda o caso

Uma cabine de elevador despencou do sétimo andar de um prédio e deixou três pessoas feridas na noite de 29 de setembro, no bairro do Comércio, em Salvador. Segundo informações da Central de Polícias, o acidente aconteceu, por volta das 21h20, em um edifício da Rua Miguel Calmon, onde funcionam faculdades do Centro Universitário Unijorge.

Duas estudantes do curso de Serviço Social que estavam no elevador contaram que cerca de sete pessoas estavam no elevador no momento do acidente. Elas falam que o grupo ficou desesperado quando o equipamento começou a despencar, com as portas abertas. “O elevador despencou mesmo, não foi travado. Meu pé ficou inchado e estou sentindo dores na coluna. Foi terrível, a gente bateu a caebça no teto. A poeira subiu na nossa cara. Eu vi a morte na minha cara”, contou Gilmara Mendes dos Santos Soares, de 37 anos.

Uma equipe do Salvar esteve no local, mas as vítimas já haviam sido socorridas por técnicos da empresa que presta serviços de manutenção aos elevadores do prédio.