O Serviço de Vigilância Epidemiológica garante que o aumento de casos da doença meningocócica não pode ser classificado como surto, pois, para isso, além dos critérios de avaliação bastante rigorosos, teria que constar nos registros 10 doentes por 100 mil pessoas.
Embora neguem o surto, os profissionais do serviço de saúde do estado, responsáveis pela imunização da população, admitem que a doença tem avançado significativamente no estado mais que no ano passado.
Na Bahia, já foram registrados 100 casos este ano, contra 74 contabilizados em 2009.
Salvador, município de maior incidência da doença, já atingiu 68 casos contra 40 do ano passado.
Este ano, segundo a Secretaria do estado (Sesab), já foram a óbito na Bahia 30 pessoas, 23 apenas em Salvador.
A Sesab desmentiu informação da morte de um garoto de apenas dois meses, divulgada ontem.
O menino continua internado numa unidade hospitalar de Feira de Santana e, de acordo com a Secretaria, seu estado é delicado.
Já um segundo garoto de 4 anos de idade, que realmente foi a óbito, não teve a causa de sua morte diagnosticada .
Os resultados do exame ainda não foram liberados para confirmar a suspeita de meningite meningocócica.
O aumento de casos da doença já assusta a população, principalmente os jovens entre 10 e 24 anos, pois 48% das vítimas estão nessa faixa de idade que aguarda ansiosa a ampliação da faixa etária.
Conforme a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Estado, Fátima Guirra, entre os dias 29 e 30 de maio os lotes devem ser disponibilizados a princípio para a população entre 10 e 19 anos de idade e, provavelmente em junho, os jovens entre 20 e 24 anos deverão ser imunizados.
Para atingir a primeira etapa, o laboratório responsável pela distribuição enviará um lote constando de 500 mil vacinas e posteriormente serão liberados mais 300 mil para cobrir a 2ª fase.