A Polícia Civil informou que um vazamento químico, por volta de 22h desta sexta-feira (4), provocou grande vapor na área da Companhia de Docas do Estado da Bahia (Codeba), região portuária de Salvador, no bairro do Comércio. O acidente forçou o esvaziamento do complexo.

Segundo um funcionário do Porto de Salvador que prefere não se identificar e que estava trabalhando no momento do acidente, a sirene de toque de fuga foi acionada e funcionários tiveram que sair do complexo. Não há informação sobre vítimas.

De acordo com a Central de Polícia, a causa do acidente ainda não foi informada.

O vapor provocado pelo vazamento ainda não foi contido. De acordo com a assessoria de imprensa do terminal de contêiner, cerca de 50 pessoas estavam trabalhando no local no momento do acidente.

Os funcionários detectaram o vazamento, isolaram a carga e uma equipe de segurança fechou a área afetada. Uma equipe do Corpo de Bombeiros está no local para conter o vapor, com previsão de término do trabalho ao longo da madrugada.

A carga está em um pátio do terminal em uma área isolada e por medida de segurança o terminal está interditado.

Ácido tricloroisocianúrico

A assessoria de imprensa da Codeba informou que a carga estava disposta em um contêiner abandonado desde 2010. Após ser comprada em leilão realizado pela Receita Federal, a carga começou a ser retirada na quarta-feira (2). O contêiner onde o vazamento acontece não tinha sido manipulado, explicou a assessoria.

Dentro desse contêiner está guardada uma grande quantidade de ácido tricloroisocianúrico, utilizado para fabricação de produtos de limpeza. Em contato com o oxigênio, o vapor de coloração branca e odor de água sanitária pode ser confundido com fumaça. Se for inalado diretamente pode causar irritação e dificuldade respiratória. O produto não é inflamável, mas pode causar fogo em contato com combustíveis.

Danos Ambientais

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da Codeba, por conta do vento o gás está sendo direcionado para o mar da Baía de Todos os Santos. Não há dano ambiental, informou a assessoria de imprensa.

Informações do G1/Bahia