O representante da empresa Davati Medical Supply que diz ter recebido pedido de propina em troca de um contrato com o Ministério da Saúde vai depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta quinta-feira (1).

Luiz Paulo Dominguetti afirma ter recebido a proposta corrupta do então diretor de logística da pasta, Roberto Dias. A negociação dizia respeito a 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, mas o Ministério teria perdido o interesse na transação após o representante declinar do pedido de propina.

Exonerado horas depois da denúncia, Roberto Dias garante ter sido alvo de retaliação de Dominguetti por ter solicitado que ele comprovasse ser representante da AstraZeneca. A farmacêutica, por sua vez, conta que não tem intermediários no Brasil. Já a Davati Medical Supply confirma que Luiz Paulo intermediou a negociação, embora atue como vendedor autônomo.

Inicialmente, o depoente de hoje na CPI seria o sócio-presidente da Precisa Medicamentos, responsável pelas negociações para compra da vacina Covaxin, também investigadas por possível esquema de corrupção. Como Francisco Maximiano conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar em silêncio, os senadores preferiram antecipar a ida de Luiz Paulo Dominguetti.

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