O presidente do PT em Camaçari, o vereador Jackson Josué (PT), bem como outros 19 parlamentares camaçarienses, está na lista de denunciados pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) por suspeita de integrar um esquema de ilicitudes envolvendo desvio de verba pública na Câmara Municipal de Camaçari. O que o torna uma figura peculiar neste processo é o fato é sua relação híbrida com o órgão denunciante. Se neste caso ele faz vezes de acusado, em outra denúncia do MP-BA, encaminhada à Justiça na mesma semana, ele cumpre o papel de testemunha de acusação.
Jackson foi testemunha na denúncia que aponta a existência de uma “quadrilha” na Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) que cobrava propinas de empresários em troca de autorizações para instalar empreendimentos em Camaçari. Já na denúncia, também feita pelo promotor Everardo Yunes, envolvendo a Câmara de Vereadores, Jackson é acusado de integrar esquema que burlava a limitação do subsídio dos gabinetes através do aumento do salário de assessores que eram orientados a devolver parte dos salários aos parlamentares.
O duplo papel do edil junto ao MP gera desconfiança e questionamentos por parte de alguns. Na manhã desta segunda-feira (19), o presidente da Câmara, Oziel (PSDB), confirmou que o presidente do PT realmente foi testemunha na denúncia contra a Seduc e, como é de conhecimento público, aparece entre os acusados no outro processo. Oziel, no entanto, não quis comentar o fato. “Esse juízo é Camaçari que precisa fazer. Talvez algumas pessoas façam uma leitura de que não há nada de estranho nisso”, comentou, superficialmente.
Isso só prová que, se esquerda e direita não estiver roubando junto. Vai ter denúncia. Discussões só quando é prá aprovar alguma coisa que aparentemente é bom prá população. O que eles não aceita é um lado roubar mais que o outro. É denúncia na certa.
Que feio
Querem ter uma resposta da situação atual, observem como foi o ano de 2017 na câmara de Camaçari. Comece pela aprovação de aumento de salário com uma semana de mandato que foi desativado pela justiça, depois expulsão dos alunos que protestavam na câmara, no final do ano sessão a portas fechadas para aprovar medidas que a população consideravam desnecessárias e por aí vai.