Um policial militar licenciado que exerce mandato de vereador em Jequié, no Sudoeste da Bahia, e é acusado de homicídio qualificado e fraude processual, será levado a júri popular por determinação do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

O júri estava marcado para o dia 13 de agosto, mas em despacho publicado no Diário da Justiça da ultima segunda-feira (20) o juiz Valnei Mota Alves de Souza determinou a alteração da data e verificasse a antecipação, por “se tratar de processo prioritário”.

O réu é o vereador Gilvan Souza Santana (PPS), mais conhecido como “Soldado Gilvan”, acusado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de matar no dia 6 de maio de 2008 o adolescente Bismarques Ribeiro Oliveira, 17, no bairro Km 3, em Jequié.

O clima no bairro, situado na periferia da cidade, está tenso, sobretudo com relação às 12 testemunhas do caso, algumas das quais relataram estarem sofrendo ameaças por meio de ligações anônimas em celulares sem identificação.

No dia do crime, por volta das 3h, o jovem Bismarque, que já tinha passagens pela polícia por assalto à mão armada, estava com cerca de dez amigos num bar quando chegou ao local outro grupo rival de cinco jovens e foi iniciada uma briga generalizada.

Conforme relato de testemunhas, inclusive do dono do bar, os adolescentes dos dois lados envolvidos na confusão não estavam armados e jogavam pedras um no outro, quando houve a dispersão com a chegada de uma guarnição da Polícia Militar.

O adolescente Bismarque e um colega chamado Elias Abraão, 17, o “Nego Dum”, também com passagens por assalto à mão armada, correram para uma casa no bairro, onde os soldados Gilvan e Luciano Damasceno os encontraram.

O MP-BA afirma que o soldado Gilvan invadiu a casa e disparou três vezes contra Bismarque. Dois tiros atingiram o chão e um o abdômen do jovem, que ainda foi socorrido ao Hospital Geral Prado Valadares, onde morreu uma hora depois. As informações são do Correio.

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