O piso sobe de R$ 6,6 mil para R$ 15 mil. Para manter os 33 parlamentares da cidade a partir de 2013, serão necessários R$ 5,9 milhões por ano, contra os R$ 2,6 milhões gastos atualmente.
O placar da votação foi de 28 a 2 a favor do aumento, com dois vereadores ausentes e o presidente da Câmara, Serafim Júnior (PT), que não se manifestou. O texto do item sexto da pauta, o do reajuste dos salários, não informava de forma clara o seu objetivo. Com isso, quando Serafim Junior fez a leitura do projeto proposto, a população presente só percebeu que se tratava do aumento quando já estava aprovado.
O plenário ficou lotado, com cerca de 200 pessoas para a sessão, a penúltima do ano. Com cartazes, os manifestantes lembraram o reajuste do salário mínimo para o próximo ano, de 14,26%, além de outras frases de protesto contra aumento recebido pelos parlamentares. Ao fim da sessão, alguns manifestantes jogaram ovos nos parlamentares. A Guarda Municipal reagiu e usou a pistola que dá choque e gás de pimenta para reprimir os protestos.
O projeto é de autoria da Mesa Diretora e o argumento de Serafim Júnior é de que o aumento salarial “é a correção de todos os anos que a Câmara deixou de dar aos vereadores desde 1994”. Ele argumenta que o impacto será amenizado com o acordo, por enquanto verbal, com os vereadores para reduzir a verba de gabinete, hoje de R$ 41,5 mil – e que subirá para R$ 43 mil em 2012 -, para R$ 35 mil. O projeto para redução da verba só entra na pauta em 2012, sem data definida.
O projeto que aumenta o salário dos vereadores vale a partir de 2013, quando começa a próxima legislatura.