Vereadores de oposição ao governo da cidade de Lauro de Freitas solicitaram à Câmara Municipal a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis irregularidades durante o processo licitatório da compra de 21.300 tablets destinados à comunidade escolar. A questão deve ser discutida em sessão realizada nesta quarta-feira (1), a partir das 10h.

O requerimento é de autoria dos vereadores Débora Regis (PL), Tenóbio (DEM), Sapucaia (DEM) e Juca (PSDB). “Na verdade, hoje sessão da Câmara realmente promete porque solicitamos que a Casa desse um posicionamento para a população. Estamos falando de quase 16 milhões de reais que precisam estar empregados da forma correta”, destacou Débora em entrevista ao Bahia No Ar.

Já que 16 dos 21 vereadores da Câmara fazem parte da base governista, incluindo a presidente da Casa, não houve participantes o suficientes para entrar com um projeto de resolução, então será preciso passar pelo plenário.

“O que a gente vem questionando são justamente os indícios fortíssimos do direcionamento da licitação. Como é que a prefeitura desclassifica a Multilaser, uma empresa bilionária, pra contratar uma outra empresa e depois essa empresa compra os tablets da própria Multilaser que foi desclassificada?”, Debora Régis questiona, pedindo que os envolvidos no certame sejam chamados para prestação de esclarecimentos.

Após a denúncia de fraude ser levantada pela vereadora, a própria prefeita Moema Gramacho (PT) rebateu as críticas. “A resposta a uma oposição que age de forma mentirosa eu dou com trabalho. Os tablets que ela falou já estão sendo distribuídos”, garantiu à reportagem. Moema também veio a público para dizer que todo o processo de licitação se deu sem nenhum recurso de contestação. Segundo ela, a Mutilaser chegou a manifestar interesse, mas não pediu o recurso no momento de fazê-lo.

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