Sob gritos da mulher e da filha, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR) foi transferido, após determinação da Justiça, de um Hospital Municipal para o presídio José Frederico Marques, no Complexo de Bangu. Segundo publicação de O Globo, o político foi levado esperneando e aos berros.
Uma ambulância dos Bombeiros, acompanhada de policiais federais, pegou o ex-governador no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, onde estava internado desde ontem após passar mal na superintendência da Polícia Federal. Mais cedo, Cabral foi encaminhado para Bangu 8, onde ficam os presos com ensino superior.
Ainda segundo O Globo, Garotinho saiu reclamando com os policiais responsáveis pela transferência de que corre riscos ao ser colocado junto com bandidos em Bangu.
– Vocês estão de sacanagem. Querem me matar, porra! – gritou o ex-governador, acrescentando que foi o responsável pela prisão de grandes traficantes que estão em Bangu.
Acompanhado da mulher, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, e a filha e deputada federal Clarissa Garotinho, o ex-governador entrou na ambulância gritando para que não o levassem e pedindo respeito, “porque era um homem enfartado”.
– Me solta, me solta. Eu sou um enfartado. Vocês me respeitem – gritou com a voz bem rouca.
Rosinha também protestou, gritando:
Vários funcionários foram para a porta do hospital e comemoraram a ida de Garotinho para Bangu, durante a saída da ambulância.
A temporada de Garotinho no Souza Aguiar irritou a Polícia Federal. A Secretaria municipal de Saúde informou hoje que, durante um exame de esforço, Garotinho relatou “dor intensa” no peito, o que pode indicar obstrução nas artérias. Os médicos, então, agendaram para a segunda-feira um cateterismo para investigar se há mesmo a interrupção. O hospital afirma que seguiu o “protocolo da Sociedade Brasileira de Cardiologia”.
O exame foi marcado para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá. A atitude, sem prévia comunicação às autoridades, irritou o delegado responsável pela investigação, Paulo Cassiano.
— A atitude do Souza Aguiar está sob suspeita para nós. Estamos tentando ver uma maneira de fazer a transferência. Foram marcados exames em outro estabelecimento hospitalar, mas isso não pode ser feito sem autorização do juízo, porque ele é um preso e está escoltado pela Polícia Federal — disse o delegado, antes da decisão da Justiça.
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*Informações de O Globo