Caneta aqui não é sinônimo de bola entre as pernas, traço de quem entende do riscado, e sim um símbolo da tinta que os clubes da Série A do Brasileiro já gastaram nesses primeiros meses de 2013. Foram 162 contratações, média de 8 por time e, nesse quesito, Vitória e Cruzeiro só ficam atrás do Criciúma: 15 a 14.
"A gente veio da Série B e tivemos a necessidade de qualificar o time. Temos muitos jogadores da base, vários emprestados. Tudo isso reflete na necessidade de contratar. Fizemos uma boa campanha na Série B, mas agora é outro nível de competição e exigência. A questão é qualificar mesmo", justifica o diretor de futebol do Leão, Raimundo Queiroz.
Diferente de outros anos, o clube aposta em nomes mais conhecidos logo no início da temporada, casos de Escudero e Renato Cajá. O rubro-negro entrou firme no mercado internacional. Metade dos contratados tem os direitos econômicos ligados a clubes do exterior: Cardoso (Alania, da Rússia), Cáceres (Libertad, do Paraguai), Escudero (Boca, da Argentina), Luís Alberto (Braga, de Portugal), Renato Cajá (Kashima, Japão), Biancucchi (Olímpia, Paraguai) e Victor Ramos (Liège, Bélgica).
Uma tendência do mercado. Dos 162 contratados, 44 pertencem a clubes de fora, o que corresponde a 27%. Sinal da força financeira da bola brasileiro no mercado, principalmente o sul-americano. O Bahia também aderiu. Foi à Argentina buscar o meia Rosales, do Independiente. Da China, vieram Obina e Adriano; Sassá foi contratado ao português Paços de Ferreira e emprestado ao Feirense. A proposta era diferente: manter a base de 2012 e apostar em uma ou outra contratação pontual até o Brasileiro. O número já chegou a 11.
"Houve uma antecipação nas contratações, devido à solicitação de Jorginho. Todas as contratações feitas foram pontuais, já que necessitávamos para reforçar o elenco", diz o gestor de futebol Paulo Angioni. Basta ler o ranking de trás para frente e perceber que, salvo exceções, os clubes mais organizados contratam menos, casos do campeão mundial Corinthians, do São Paulo, e do atual campeão brasileiro, Fluminense. Fonte Correio