A cada nova entrevista os sentimentos de ‘pertencimento’ e ‘amor’ por Camaçari, independente das dificuldades cotidianas, são propagados nas palavras de alguns munícipes que estão representando a grande maioria dos camaçarienses na série de reportagens do BNA, em homenagem aos 261 anos de emancipação política do município, à ser celebrado neste sábado, 28 de setembro. Hoje, a história de Parafuso, subdistrito de Camaçari, é revivida por dona Maria Dulce Figueiredo.
Dulce chegou a localidade em 1960. Ela já começa seu discurso cheia de gratidão, pela vida, pelos filhos, netos, bisnetos, por tudo que construiu e segue construindo no município. Aos 86 anos de idade, a gratulação é tamanha, que dona Dulce revela que se pudesse mudaria o nome de Parafuso para “Paraíso”.
“Morar em Parafuso é bom demais. Criei meus filhos aqui. Hoje estão todos formados. Vou te contar uma coisa, se eu pudesse eu mudaria o nome de parafuso para paraíso”, elucida dona Dulce, que é mãe de 12 filhos.
Bastante expansiva, ou em termos populares, uma “nata contadora de histórias”, dona Dulce destaca que a origem do nome de Parafuso se deu após um descarrilamento de um vagão que transportava alguns pinos bem parecidos com parafusos. “Foi parafuso pra todo lado”, brinca.
Essa história é preservada pela cultura da oralidade, ou seja, é passada de geração em geração pelos moradores locais.
Dona Dulce também relembrou um fato marcante da época em que chegou em Parafuso. Segundo ela, os alimentos eram repartidos, a exemplo da farinha, produzida durante o trabalho nas plantações.
Por fim, dona Dulce comemora alguns avanços advindos ao longo dos anos como, por exemplo, a chegada do transporte público e de distintos estabelecimentos comerciais.
Sendo válido ressaltar que Parafuso também é o “apelido” de uma das principais vias de acesso à Camaçari, a BA-530. Ademais, a área territorial de Parafuso é de expansão do Polo Industrial e abriga distintas empresas.
