Na manhã desta segunda-feira (26), um relatório divulgado por autoridades colombianas detalhou a queda do avião da Chapecoense, na madrugada do último dia 29, acidente que deixou 71 vítimas. “A aeronave tinha um peso superior ao permitido nos manuais”, alegou o coronel Freddy Augusto Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia.
Ainda de acordo com o relatório, publicado pelo jornal Correio, as autoridades apontam a Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (AASANA) como responsável pelo acidente, por ter aprovado o plano de voo da LaMia. Segundo Bonilla, o piloto Miguel Quiroga, que também morreu no acidente, sabia que o combustível não seria suficiente. “Eles estavam conscientes da limitação do combustível. Sabiam que não era suficiente”, disse o secretário.
A conclusão colombiana foi diferente da boliviana, que responsabilizou o piloto do avião, que também morreu, e abriu um processo contra a funcionária do aeroporto de Santa Cruz, de onde partiu o avião, que aceitou um plano de voo com o tempo de voo igual à autonomia, violando normas elementares. “O que aconteceu neste trágico evento é de responsabilidade direta da empresa LaMia e do piloto”, disso o ministro de obras públicas da Bolívia, Milton Claros. Os bolivianos no entanto, não identificaram o excesso de peso.