Em um evidente e contínuo movimento de reaproximação com questões da capital baiana, que indica o olhar para as eleições estaduais de 2014, o governador Jaques Wagner (PT) disse nesta sexta-feira (5/4), em entrevista coletiva, após a cerimônia de inauguração da Fonte Nova, que poderá transferir a Estação Rodoviária de Salvador, atualmente na área do Iguatemi, na Avenida Antonio Carlos Magalhães, para o bairro de Pirajá.
Segundo ele, a perspectiva é de que esse projeto seja concluído em 2016. Há uma projeção do governador de descentralizar alguns setores na cidade, movimentando, além da região de Pirajá, a populosa Cajazeiras, onde a pretensão é a de construir uma estação de metrô, promessa reforçada por Wagner nesta sexta-feira (5/4).
O projeto foi reforçado também pelo secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa (PT), pré-candidato ao governo em 2014. O auxiliar também anunciou que, além da rodoviária, a sede do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) também vai ser transferido para Pirajá. Wagner não esclareceu os valores da obra, mas disse que o local receberá estações de ônibus intermunicipal, coletivo e do metrô, sendo “um projeto três em um”. O governador pretende contratar uma consultoria para fazer os estudos de viabilidade econômica e a modelagem do novo empreendimento. Há possibilidades de que a negociação seja feita a partir de uma Parceria Público-Privada (PPP).
A mudança da rodoviária de lugar teria sido um dos assuntos tratados pelo governador com o prefeito ACM Neto (DEM). Na articulação feita por ambos, nesta sexta-feira (5/4), foi acordado que a Estação Pirajá será passada para o governo, enquanto a da Lapa continuará com a prefeitura municipal.
Há quase dois anos, Wagner já havia cogitado em mudar a rodoviária de Salvador para Simões Filho. Na época, ele disse que a região onde fica hoje a rodoviária não comporta mais um fluxo tão grande de veículos e que a BR-324 estava sendo duplicada para evitar congestionamentos no local.
O plano encontrou resistências de opositores da Câmara de Vereadores, na ocasião. A reportagem não conseguiu falar com o secretário Rui Costa para obter mais esclarecimentos. Fonte: Tribuna