Willian Farias foi o escolhido para conceder entrevista coletiva na Toca do Leão, nesta terça-feira (24), de fora do último clássico Ba-Vi, triunfo do Bahia por 4 a 1, o volante falou suas expectativas para o andamento da temporada e sobre suas vivências no clube.

“A gente, todo ano tem uma expectativa nova, de não vivenciar aquilo que passou nos anos anteriores porque é uma situação ruim. Brigar por um título é bom, quer brigar toda vez, contra o rebaixamento não. A cada montagem de elenco, a cada… Nesse terceiro ano que estou aqui foram novos presidentes que entraram, enquanto você cria expectativa para que não aconteça o que aconteceu nos anos passado. Quando chega, continua… É chato. Talvez uma certa experiência de brigar para não cair, só que essa experiência é ruim. A gente quer fazer com que isso não aconteça. Obviamente que o campeonato é longo e a gente quer fazer algo diferente, não deixar que nas últimas rodadas a gente estava nessa situação. […] Todo mundo fica chateado [com a derrota no Bavi]. Desde o cara que jogou até o funcionário do clube. Todo mundo fica chateado. A gente tem que virar a chave, já foi, não volta mais. Hoje a gente já está se recuperando mentalmente do que passou domingo para que quinta-feira não aconteça o que aconteceu lá”, disse.

Desde 2016 no clube, o volante já passou por situações tão delicadas quanto a atual. Nesta turbulência  um dos principais alvos da torcida do Vitória é o técnico Vagner Mancini. Alguns torcedores, inclusive, chegaram a fazer um abaixo-assinado pedindo a demissão do treinador. Farias avaliou o que Mancini agrega ao clube.

“Acho que é o treinador que entende o Vitória. Antes de qualquer coisa, não estou defendendo ninguém aqui. Sempre falaram quando a gente fala de uma pessoa aqui: “Ah, porque está defendendo”. Minha opinião é que o Mancini entende o clube, é o treinador com mais jogos pelo clube também, entende o torcedor, entende as fases políticas do clube, sabe bem vivenciar isso aqui. Muitas coisas que acontecem no Vitória, que em muitos clubes não acontecem, e ele está preparado para esses tipos de circunstâncias que o clube passa. E também a confiança da diretoria e dos jogadores no trabalho do jogador.  Isso é como falei. Fui contratado para jogar. Demissão de treinador não cabe a mim. O que acho de telefone vazar? Se vazou, alguém passou. O que tenho que fazer é jogar. Questão de demissão de treinador é diretoria, presidente, diretor de futebol”.

Para o volante e capitão do Vitória, os jogadores precisam mudar a postura para fazer a equipe superar a situação complicada.

“Tem que mudar atitude, ser um pouco mais competitivo, brigar em cada dividia, em cada lance e ganhar os três pontos. Se a gente não brigar, não mudar, ganhar os três pontos são fundamentais”.

Farias vive expectativa de voltar a ser titular pelo Vitória. Recuperado de lesão, o volante ficou no banco de reservas na última partida contra o Bahia e pode pintar no time principal no jogo desta quinta-feira, contra o Sport.

“Estou pronto, cara. Se falar que estou mais ou menos e entrar na arena quinta, ninguém vai querer saber se estou mais ou menos ou não. Tenho que afirmar que estou pronto. Desde a minha contusão até hoje, joguei 13 jogos e entrei agora. Fiquei trabalhando aqui enquanto os outros estavam de folga. Obviamente não venho de uma lesão muito simples, venho de uma lesão um pouco complicada. Tenho que ter um pouco de cuidado, não vai ser da noite para o dia que vou me recuperar. Jogar, não jogar, acho que tenho um papel importante no clube de liderança, de estar ajudando. Isso que eu faço. Quando não estou jogando, estou ajudando alguém. Esse é meu papel dentro do clube. Obviamente que fui contratado para jogar e não para ficar ajudando ninguém”.

Com Wilian Farias à disposição, o Vitória encara o Sport às 19h30 (horário de Brasília), desta quinta-feira, no Barradão.

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