Quando as coisas apertam, o técnico Ney Franco sabe que pode contar com William Henrique. Amuleto rubro-negro, xodó do treinador, o atacante apareceu no momento em que o Vitória passava por um ócio criativo, e abriu caminho para o triunfo contra a Catuense, por 2 a 0, na noite desta quinta-feira, no estádio de Pituaçu. O segundo gol do Leão foi marcado por Adailton, após lambança da zaga rival.
Com o triunfo, o Vitória pula para a liderança do Grupo 2 do Campeonato Baiano, com seis pontos ganhos. Para se manter na ponta da tabela, o Leão terá que torcer contra o Vitória da Conquista, que só entra em campo no domingo.
A Catuense segue em situação delicada no Grupo 3. Ainda sem pontuar e com saldo negativo de sete gols, a equipe do interior segura a lanterna e tem a pior campanha dos dois grupos até aqui.
O Vitória dá um tempo no Campeonato Baiano e volta as atenções para a Copa do Nordeste. Neste domingo, às 16h, o Leão encara o Ceará, pelas quartas de final de torneio regional. A Catuense, por sua vez, só volta a campo na próxima quarta, para enfrentar o Galícia, no estádio Carneirão.
Vitória começa em cima, mas cai de produção
O time era alternativo, mas a pressão exercida pelo Vitória no início da primeira etapa foi digna da equipe principal do técnico Ney Franco. Com a marcação alta, o Leão empurrou a Catuense para o campo de defesa e mal deixava o adversário respirar. Tanto que a primeira chance de gol surgiu logo no primeiro minuto de jogo. Após boa jogada de Luiz Gustavo, William Henrique avançou pela direita e rolou para Alan Pinheiro, que mandou na rede, só que pelo lado de fora. Com dificuldades na saída de bola, raras foram as vezes que a Catuca cruzou a linha ofensiva nos primeiros dez minutos. O Rubro-negro insistia pelas laterais, principalmente pela direita, com Nino, mas faltava capricho no último passe.
O gol não veio, o Vitória diminuiu o ímpeto ofensivo e o jogo esfriou. Perdeu em qualidade. A Catuense aproveitou o momento e cresceu de produção. Pelo lado direito, o lateral Rogério Rios e o atacante Robert esboçavam boas triangulações, mas nada que assustasse a meta de Wilson. No lance mais bonito do primeiro tempo, Rogério descolou uma caneta desconcertante para cima de William Henrique. Porém, gol que é bom, nada.
Amuleto rubro-negro
O segundo tempo começou completamente diferente do que foi o primeiro. A Catuense acuada, sem saída de bola, deu lugar a um time bem organizado dentro de campo e perigoso no ataque. O Vitória parecia se surpreender com um adversário que trocava passes com eficiência e chegava facilmente ao ataque. Foi assim que a Catuca chegou bem aos dez minutos, quando Netinho serviu Diego Prates, que chutou para Wilson defender no susto.
Para tentar reverter o cenário preocupante em que o Vitória se encontrava, Ney Franco trocou Danilo Tarracha, apagado no jogo, pelo jovem Euller. Funcionou. Com apenas 17 minutos em campo, o lateral ajudou a mudar o rumo da partida. Foi dele a assistência primorosa para William Henrique, com o pé esquerdo, abrir o placar. Foi dele também um passe que deixou Alan Pinheiro cara a cara com o goleiro. O atacante mandou na trave. A chance desperdiçada não fez falta, porque logo em seguida Adailton se aproveitou de lambança da zaga para ampliar o marcador. Antes do apito final, Roberto, pela Catuense, e Nino Paraíba, pelo Vitória, ainda tiveram grandes chances, mas desperdiçaram. As informações são do G1/Esportes.