No Dia Mundial da Saúde, celebrado hoje (7), a Organização Mundial de Saúde (OMS) convoca agricultores, fabricantes, vendedores e consumidores para que busquem uma segurança alimentar, evitando doenças que vão desde a infecção intestinal até o câncer, em crianças e adultos. De acordo com a OMS, o alimento contaminado causa morte de mais de 2 milhões de pessoas por ano.

Alimentos que contêm bactérias perigosas, vírus, parasitas ou substâncias químicas são responsáveis por mais de 200 enfermidades. Os problemas mais graves relacionados à segurança alimentar são a proliferação de bactérias, como a Salmonella ou Escherichia Coli, os agrotóxicos e os alimentos geneticamente modificados ou transgênicos, entre outros.

Segundo a nutricionista da Clínica da Obesidade, Suzana Nogueira, é fundamental conhecer, manipular e preparar bem os alimentos, evitando-se uma possível contaminação. “Para se ter uma alimentação saudável, não basta apenas comprar e consumir verduras e legumes, por exemplo. É preciso manter os alimentos limpos, diferenciar os crus dos cozidos, cozinhar os alimentos de forma completa, mantê-los nas temperaturas indicadas e usar água potável e matérias-primas seguras”, declara Nogueira ao ressaltar que “o pimentão possui 80% de agrotóxico, a uva com 56,4%, pepino com percentual de 54,8% e o morango com 50,8%, de acordo com os números divulgados pela Anvisa”.

Ela destaca, ainda, que é importante observar a data de validade dos produtos e as informações relacionadas à manipulação, armazenamento e conservação dos alimentos. As hortaliças e frutas, por exemplo, devem apresentar coloração firme, sem partes murchas, manchas ou amassadas. “Devem ser lavadas em água corrente e depois deixadas de molho, em solução de uma colher de sopa de hipoclorito de sódio ou água sanitária, com 2% de cloro, para um litro de água, por 10 minutos, e enxaguadas novamente em água corrente”, explica a especialista em segurança alimentar.

Segurança alimentar em função dos seus efeitos psicológicos

Além dos cuidados com manuseio e higienização, os profissionais de saúde alertam para a escolha de cada alimento a ser consumido. Isso porque selecionar o que se vai comer também é uma forma de segurança alimentar. “Além da sua contribuição nutricional, cada alimento possui um ‘temperamento’ e afeta, diretamente, o psicológico, o comportamento, o humor das pessoas e, principalmente, a sensibilidade perceptiva e sentimental. Para sabermos mais sobre nós mesmos, basta observar o que comemos com frequência. Se formos verificar os cardápios dos seres violentos e primitivos e compará-los com o dos indivíduos mais humanizados e evoluídos, veremos que eles consomem alimentos completamente diferentes e diametralmente opostos. Conhecendo-se, cientificamente, a matéria, é possível traçar um programa psiconutricional e, assim, restabelecer a saúde física, emocional, psicológica e vivencial, por meio de uma alimentação mais apropriada e consciente”, acrescenta o diretor da Clínica da Obesidade, Jacques Maciel.

Por isso, além de seguirem todas as normas exigidas pela vigilância sanitária, os profissionais de saúde da Clínica da Obesidade, referência no tratamento da doença no Brasil, selecionam cada alimento que vai à mesa dos mais de 100 pacientes com obesidade grave internados na clínica. “Escolhemos cada ingrediente pensando no perfil dos nossos pacientes, porque sabemos como os alimentos agem no organismo e no psicológico. Ministramos, ainda, aulas teóricas e práticas para que os pacientes também possam manusear, preparar e conservar os alimentos, de maneira saudável, após sua saída da Clínica, compreendendo sobre as propriedades nutricionais e psicológicas de cada um deles”, finaliza Maciel.

Sobre a Clínica da Obesidade – Com mais de 10 anos de atuação, a organização elaborou uma metodologia pioneira para combater o excesso de gordura corporal, por meio de uma visão transdisciplinar. O tratamento mobiliza profissionais de diversas especialidades médicas, a exemplo de clínicos, endocrinologistas, psiquiatras e cardiologistas, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, equipe de enfermagem, educadores físicos, terapeutas ocupacionais e professores de autoconhecimento. A equipe é composta por 67 profissionais, unindo diversos saberes. Eles aplicam a filosofia da Clínica, fundamentados não só nos mais modernos conhecimentos científicos sobre o assunto obesidade, como, também, no autoconhecimento e na decisiva autotransformação do indivíduo nos níveis psicológicos e vivenciais.

O método deixa claro para o paciente o fato de que, além de perder peso, é necessário que ele compreenda os processos emocionais e vivenciais que os levaram à obesidade. Devem aprender a administrar a própria vida, vencendo suas dificuldades, principalmente, emocionais, psicológicas e, também, as relacionadas com as carências informativas e educacionais. Toda essa etapa de autoconhecimento ocorre em paralelo a outras práticas de saúde. Essas vão desde consultas médicas, exames periódicos, exercícios físicos, como musculação funcional e hidroginástica, terapias ocupacionais, incluindo aulas de artes e pintura, até encontros com nutricionistas e psicólogos sobre alimentação, abordada, então, de forma ampliada e mais consciente.

Atualmente, a Clínica da Obesidade direciona seu atendimento, preferencialmente, em regime de urgência, para pacientes com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40. Esses são considerados obeso grau III, por parâmetros elaborados pela Organização Mundial de Saúde, atingindo estágio de obesidade mórbida. Devido à gravidade da situação, eles ficam internados na clínica por um prazo médio de seis meses. O tempo é definido após toda uma triagem e análise integrada sobre a situação do obeso, principalmente, analisando-se a presença das comorbidades. São essas, as doenças ocasionadas pela obesidade, tais como problemas cardíacos, hipertensão, diabetes, dislipidemia, acidentes vasculares cerebrais, transtornos psiquiátricos e muitas outras.

A Clínica tomou como missão, também, atualmente, o esclarecimento do público sobre a gravidade da doença obesidade. Isso porque grande parte da população desconhece essa situação, considerando a obesidade como sendo, simplesmente, um problema estético. Entretanto, estatísticas nacionais e mundiais comprovam que as principais causas de morte no mundo estão relacionadas a doenças das quais a obesidade é a maior causadora. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse percentual chega a atingir 57,1%.

Tudo isso é ainda mais agravado pelo fato de que apenas 5% das pessoas que iniciam algum tipo de regime alimentar conseguem conservar o novo peso adquirido. Em média, um ano após a perda de peso, 95% voltam à situação anterior. Além disso, deve-se considerar que grande maioria dos obesos nem tenta ou não consegue iniciar um tratamento. Os profissionais, especialistas desta área de saúde, por sua vez, infelizmente, não se empenham na divulgação desses índices de insucesso, apesar de estarem cientes deles. Isso porque não têm pleno conhecimento, ainda, nem das suas causas, nem de como, objetiva e decisivamente, tratar a obesidade.

A Clínica da Obesidade, por sua vez, conta com cobertura médica de 24 horas, atendimento de emergência e urgência, com equipamentos e salas especializadas, além de alimentação e dietas personalizadas.