A travesti Amanda – nome social de Benjamim Franco da Silva Santos – foi condenada a 63 anos de prisão pela morte de quatro motoristas de transporte por aplicativo em Salvador. O resultado foi anunciado na noite desta quarta-feira (19), após mais de 10 horas de depoimentos e parecer do júri popular – formado por 29 pessoas.
O julgamento aconteceu no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, e foi dirigido pela juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto.
Amanda foi condenada pelos homicídios de Alisson Silva Damasceno dos Santos (27 anos), Daniel Santos da Silva (31 anos), Genivaldo da Silva Félix (48 anos) e Sávio da Silva Dias (23 anos). A chacina aconteceu em 2019. A condenada era responsável por atrair as vítimas por meio de chamadas pelo aplicativo.
A série de assassinatos só foi interrompida porque uma quinta vítima, o também motorista Nivaldo dos Santos Vieira, conseguiu fugir e denunciar o caso, ocorrido em uma localidade do bairro Santo Inácio, na capital.
Os outros três envolvidos nas sessões de tortura e assassinatos foram mortos, dois deles em confronto com a polícia. As mortes teriam sido provocadas por vingança, após motoristas por app negarem corridas para o local.
