Um engarrafamento é registrado na manhã desta terça-feira (5) na Via Parafuso, sentido Polo Industrial, via de acesso ao Centro de Camaçari.
De acordo com informações, um grupo de moradores da localidade do Nascente do Rio Capivara, em Camaçari, realizam manifestação contra a decisão em primeira instância da Justiça favorável à reintegração de posse na região.
Os moradores estiveram nesta segunda-feira (4) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) também para manifestar a indignação com a decisão.
O engarrafamento tem cerca de 2km de extensão, ainda conforme informações. Após negociações com a Polícia Militar, uma das vias da pista foi liberada pelos manifestantes. O trânsito permanece lento na região.
NOTA DO ADVOGADO
O advogado das famílias, Gilberto Cruz, enviou um comunicado sobre a situação ao Bahia no Ar.
VEJA:
”Trata-se de uma desproporção na qual a Terrabras, que se intitula proprietária da terra a saber algo em torno de 865 mil metros quadrados, desde o ano de 2001.
Entretanto já existem pessoas nesta terra há quase 40 anos, ou seja muito antes da Terrabras, se intitular dona da terra.
São em torno de 40 posseiros que vivem da agricultura familiar e de subsistência, inclusive aposentados pela atividade rural e pagam seus impostos regularmente”, diz nota.
VÍDEO:
Oficial de Justiça e PM cumprem reintegração de posse; moradores resistem
Na manhã desta sexta-feira (1°), oficiais de Justiça e a Polícia Militar estão presentes na localidade do Nascente do Rio Capivara, em Camaçari, para cumprir uma decisão judicial de desocupação.
Moradores, que residem no local há mais de 30 anos, enfrentam a obrigação de deixar suas casas, apesar do prazo para desocupação já ter se encerrado. A população, que se recusa a sair, argumenta que muitas das residências são consideradas “sítios”, envolvendo atividades agropecuárias e criação de animais.
No último dia 27, o grupo realizou um protesto na Via Parafuso, buscando chamar a atenção das autoridades para a decisão judicial. A área em questão é reivindicada pela Terrabras, que afirma ser a legítima proprietária das terras.
Um dos moradores afirmou ao Bahia no Ar que tem medo de sair de casa e o imóvel ser demolido.