A indústria de pigmentos Tronox, que tem sede na costa de Camaçari, fecha o ano de 2023 com péssimos resultados nas finanças. Após anos de retração, a empresa demonstra que não está conseguindo recuperar os prejuízos, e pior, amplia perdas no quesito.
De acordo com o portal A Tarde, as ações da Tronox na Bolsa da Valores caíram 23,4% em apenas 3 meses, saindo de R$48,93 para R$37,60. As vendas de pigmento de titânio caíram mais 12% entre 2021 e 2022, refletindo no lucro líquido da empresa, que apresentou queda de 75%.
Ao olhar o índice Ebitda, que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, e que define a partilha do dinheiro para os sócios da empresa, o resultado ainda é pior: a queda chega a 84% em comparação com o ano anterior. Números como esse demonstram que a Tronox não está ‘financeiramente saudável’ e levanta preocupações sobre o risco de falência.
Além da fábrica em Camaçari, a indústria tem uma mina em Mataraca, no interior da Paraíba, e conta com milhares de funcionários, o que levanta um estado de alerta para todos. O jornal baiano que trouxe essa informação fez uma série de reportagens sobre denúncias que acusam a Tronox de contaminar o ar e subsolo com metais pesados, estando na mira do Ministério Público, o que pode ter acarretado nesta situação.