Uma grande confusão foi registrada na noite desta quinta-feira (15), na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Gleba A/Gravatá, em Camaçari.

De acordo com informações obtidas pelo Bahia no Ar, uma fila de pacientes aguardavam atendimento na unidade médica quando uma confusão se formou. O pai de uma criança, que estaria em atendimento, teria iniciado a bagunça no local, alegando uma demora no atendimento da sua filha. Outras pessoas presentes no local apoiaram as reclamações e a situação escalou.

A vigilância da unidade médica precisou utilizar a força para conter os ânimos no local. Ainda segundo informações, uma médica foi ameaçada. A Polícia Militar foi acionada e o homem deixou a UPA antes da chegada dos agentes.

A profissional de saúde registrou um Boletim de Ocorrência na 18ª Delegacia Territorial. O Bahia no Ar entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Camaçari, que informou aguardar um posicionamento da empresa que administra a Unidade de Pronto Atendimento.

VEJA: 

Em nota, a Secretaria de Saúde de Camaçari repudiou o caso. LEIA:

A Secretaria de Saúde de Camaçari repudia mais uma vez outro caso de agressão ocorrido na tarde da quinta-feira (15/2) na UPA da Gleba A. Infelizmente familiares de uma paciente invadiram a unidade quebrando a porta de acesso e invadiram dois consultórios onde as médicas estavam realizando um atendimento. Não bastasse a invasão e depredação do equipamento público, os familiares da paciente ainda ameaçaram a equipe médica e, após todo escarcéu, foram embora sem nem deixarem a paciente ser medicada.
A Sesau reitera mais uma vez que tem feito todos os esforços para garantir o atendimento da população seguindo critérios e protocolos de atendimento. Entretanto, com as UPAs e PAs lotadas com pacientes aguardando a transferência por parte da Regulação Estadual, as equipes das unidades de emergência têm se dedicado em dobro para garantir o atendimento de todos os pacientes internados e dos novos pacientes dentro do tempo de espera determinado pelo protocolo de triagem com base na gravidade de cada caso. Dessa forma, é importante que a população não use de violência física ou verbal na tentativa de garantir atendimento. Toda e qualquer reclamação e denúncia podem ser enviadas para Ouvidoria SUS através do 156 ou para Ouvidoria Geral do Município no telefone fixo (71) 3622-7324, telefone geral 0800 284 7325 e por e-mail: [email protected]. Outro recurso que tem sido bastante utilizado pela população é o WhatApp (71) 9.8137-1615.
Confira nota do ISIBA (Instituo de Saúde Integrada da Bahia) empresa responsável pela gestão da UPA da Gleba A relatando o ocorrido:
Na tarde da quinta-feira (15/2) os servidores da UPA da Gleba A sofreram mais um caso de agressão por parte de familiares de uma paciente. O caso em questão ocorreu quando familiares de uma paciente quebraram a porta da unidade e invadiram um consultório onde a profissional médica estava realizando o atendimento de outra paciente e teve que parar sob ameaças de que ela teria que ser atendida imediatamente.
A UPA GLEBA A/ GRAVATÁ opera com quadro de quatro médicos para atendimento à população, onde na quinta-feira (15)  à equipe médica estava composta por Dra Maria Elza Lopes, Dr Carlos Alberto Lopes, Dra Yanna Kelly Pita, Dr Guilherme Augusto de Oliveira.  No momento do ocorrido, todos estavam em atendimento. Após o carnaval, o número de atendimento tende a crescer. No que se refere à demora no atendimento médico, nesta quinta-feira foram realizados 300 atendimentos até as 19:00. Até a noite desta quinta-feira (15/02), a unidade registra 17 pacientes esperando transferência para um hospital de referência.  
Verificamos o prontuário eletrônico da paciente em questão, que preservaremos a identidade, que deu entrada na unidade às 14:30, sendo triada e classificada às 14:56 como verde (paramento dos sinais vitais estáveis). Enquanto aguardava o atendimento médico, a mesma começou a exaltar os pacientes e acompanhantes que estavam na recepção, iniciando um tumulto na tentativa de acelerar o atendimento médico. 
O genitor da paciente invadiu a unidade com a filha no colo e interrompeu o atendimento que a médica estava realizando. A paciente que estava sendo atendida naquele momento teve que levantar para que a outra pudesse sentar para realizar o atendimento.
A médica começou a realizar o atendimento às 16:04, enquanto a doutora realizava a anamnese da paciente e prescrevia a medicação e os exames que a mesma iria realizar na unidade, a paciente apresentou um quadro de vômito, neste momento o genitor começou a filmar e insultar a médica, alegando negligência no atendimento, sendo que a paciente já estava sendo atendida e já poderia ser encaminhada para a sala de medicação. Com os insultos a médica se sentiu coagida e se retirou do consultório. Com isso o genitor da paciente tentou adentrar outro consultório coagindo outra médica que estava realizando atendimento a outro paciente. A médica solicitou que ele aguardasse que, assim que ela finalizasse o atendimento, atenderia a filha dele. Irritado ele continuou a filmar e gritar pelo corredor da unidade. O genitor e a paciente evadiram da unidade sem realizar a medicação e os exames solicitados pela médica.
Na saída da unidade, a paciente encontra o irmão. Em conversa com o mesmo, eles decidem retornar com o pai e sua mãe filmando e, com um chute, quebram a porta da UPA, segundo o relato do nosso agente de portaria.
Após esse episódio, o atendimento médico foi suspenso e a Polícia Militar foi acionada para resguardar a integridade física da equipe. Informamos que a médica registou boletim de ocorrência contra a paciente e seus familiares.
É com imensa tristeza e indignação que o ISIBA expressa seu repúdio à violência e pede respeito à sua equipe de colaboradores que todos os dias se esforçam para garantir o atendimento de qualidade à população de Camaçari.
0 0 votos
Article Rating