Os acusados de matar a cantora gospel Sara Freitas não foram ouvidos durante a segunda audiência de instrução sobre o crime que ceifou a vida da religiosa. A audiência teve início às 9h, da manhã desta terça-feira (16), no fórum criminal da cidade de Dias D´Ávila, região metropolitana de Salvador.
Mesmo após sete horas de audiência, ficou definido que os quatro acusados de matar a pastora serão ouvidos no dia 7 de maio. Hoje foram ouvidas as testemunhas de defesa e acusação. A audiência encerrou por volta das 16h.
Era esperado que todos fossem ouvidos e assim os tramites fossem seguidos, com o caso indo a júri popular. A filha de 11 anos do casal, Sara e Ederlan, também foi ouvida, no entanto, mais detalhes não foram passados.
O caso
Desaparecimento
Sara sumiu da casa onde vivia com a família, no bairro de Valéria, em Salvador no dia 24 de outubro. Em um último vídeo postado em suas redes sociais, a cantora relata que estava indo para um encontro de mulheres na cidade de Dias´ Ávila. Após dois dias do suposto sumiço, o marido de Sara, Ederlan Mariano, relatou o desaparecimento da cantora.
Além de denunciar formalmente em delegacia, ele usou as redes sociais para relatar o drama que estaria vivendo com a filha do casal, sem notícias de Sara. No dia 26 de outubro ele foi ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar queixa na manhã do dia 26.
Corpo encontrado
O corpo de Sara Mariano, foi localizado pela polícia completamente carbonizado às margens da BA-093, na altura de Dias D’Ávila, na tarde do dia 27, uma sexta-feira. O marido reconheceu os restos mortais da vítima.
Prisão de Ederlan
No dia em que o corpo foi encontrado, Ederlan foi sinalizado como o principal suspeito da morte da esposa e teve a prisão preventiva decretada. De acordo com as investigações, ele não apresentava um discurso coeso e relatava versões diferentes nos interrogatórios.
Dois novos suspeitos presos: Gideão e Zadoque
Após a prisão de Ederlan, não demorou muito para o quebra-cabeças sobre a morte de Sara começar a ser montado. Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como “Bispo Zadoque”, e Gideão Duarte de Lima foram presos em seguida.
Gideão, o homem que dirigiu o veículo que levava Sara até o suposto culto, era conhecido da vítima e sempre realizava este serviço para Sara. O homem buscou Sara na porta de casa para leva-la a um encontro religioso de mulheres simulado e no meio do caminho, entregou a vítima para Zadoque e Ederlan.
Já Zadoque, que confessou o crime, teria atuado como receptor da vítima. Os dois foram presos entre a noite do dia 14 e a manhã do dia 15 de novembro.
Quarto acusado é preso: Victor Gabriel Oliveira
Outro homem, que também participou do crime, foi identificado uma semana depois do corpo de Sara ser encontrado. Victor Gabriel Oliveira, de 24 anos, se entregou à polícia após assumir participação no crime.
De acordo com o jovem, ele teria participação no crime e depois ocultou o corpo o que foi confirmado pelas investigações. Ele detalhou o crime, afirmando que teria segurado a vítima enquanto Zadoque a esfaqueava.
Na época, o pai de Victor, Fábio Oliveira, falou em primeira mão com o portal e disse que o filho iria “pagar” pelo crime.