Pelo segundo ano consecutivo, Camaçari receberá a passagem do Fogo Simbólico do 2 de Julho – momento histórico que celebra a Independência do Brasil na Bahia, que este ano comemora 201 anos. Em reunião, nesta terça-feira (18), entre as secretarias de Governo (Segov), da Cultura (Secult) e do Esporte, Lazer e juventude (Sejuv), foram discutidos os detalhes preliminares do evento, que acontecerá no dia 30 de junho (domingo), com o tema “O Caboclo é nosso”.
No município, o percurso terá início na Via Frontal, no Polo Industrial de Camaçari, quando será recebida a tocha trazida da cidade de Dias d’Ávila. Seguindo o trajeto por Camaçari, o ponto da comemoração contará com ampla programação no Paço Municipal, contando com atrações culturais, ato cívico solene, bem como envolvimento de atletas e estudantes.
O titular da Segov, José Gama Neves, destacou a importância cívica do evento. “A Independência da Bahia significa um momento histórico revolucionário, com a força popular vindo das pessoas que se organizaram para tornar o Brasil independente. Então, esse 2 de Julho é precedido com a passagem do fogo simbólico por Camaçari, que merece um destaque especial. A gestão abraça esta causa histórica, reconhecendo a participação das pessoas que aqui viviam para esta conquista”, afirmou.
Luciel Neto, gestor da Sejuv, explicou sobre a participação da pasta no evento. “Será um momento em que os atletas do município poderão participar de um momento histórico e superimportante em reconhecimento à participação de Camaçari no processo da Independência do Brasil na Bahia”.
A titular da Secult, Márcia Tude, falou sobre a escolha do tema desta edição. “Com muita propriedade, o historiador Diego Copque nos chama a atenção para o fato de que o Caboclo é de Camaçari, resgatando o sentido de pertencimento e identidade. Então, vamos fazer uma linda festa em parceria com a FGM [Fundação Gregório de Mattos] e as instituições locais”, disse.
A inclusão na passagem do fogo simbólico das cidades do Recôncavo Norte – incluindo Camaçari, Dias d’Ávila, Mata de São João e Lauro de Freitas – é baseada em pesquisa do professor, historiador e pesquisador Diego Copque, registrada em sua obra literária “A presença do Recôncavo Norte da Bahia na consolidação da Independência do Brasil”, em reconhecimento à participação dos municípios nos processos de batalhas.
Também presente na reunião, Diego Copque, ainda ratificou que a temática significa uma justiça histórica. “Porque quando falamos da figura do Caboclo, esquecemos de perguntar de onde eram esses caboclos, e Vila de Abrantes foi a primeira vila indígena do Brasil. Então, o protagonismo dos indígenas da região foi primordial. Houve a figura do capitão-mor dos índios da Vila de Abrantes, Joaquim Eusébio de Santana, que teve um desempenho heroico nas batalhas pela consolidação e independência do Brasil na Bahia. Por conta disso, nós propomos que o Caboclo é nosso, é de Camaçari’, explicou.