No próximo sábado (6), a morte da cigana Hyara Flor completará um ano. A adolescente, de 14 anos, foi morta a tiros cidade de Guaratinga, no sul da Bahia, no dia 6 de julho de 2023.
Um mês após o crime, a Polícia Civil da Bahia concluiu que o tiro que atingiu a vítima foi deflagrado pelo cunhado da adolescente, de nove anos, quando a criança e Hyara brincavam com a arma no quarto dela. Porém, o Ministério Público (MP-BA) enviou um ofício à Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Porto Seguro questionando alguns pontos sobre a morte da cigana, de 14 anos, Hyara Flor, após a família contratar um perito de São Paulo.
A família de Hyara contratou o perito forense Eduardo LIanos. Com 30 anos de carreira, o parecer emitido pelo perito contestou a versão da Polícia Civil da Bahia. Eduardo LIanos teve acesso ao inquérito da morte de Hyara e conclui que um menino de 9 anos não teria como atirar contra a adolescente com a pistola calibre 380.
Um mandado de busca e apreensão e internação contra o marido de Hyara, que tem 16 anos, está em aberto. Ele foi indiciado pelo ato infracional análogo ao crime de feminicídio. Até o momento, o paradeiro do adolescente é desconhecido.
A sogra de Hyara Flor foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, considerando que a pistola utilizada no crime pertencia a ela. O tio da vítima foi indiciado por disparo de arma de fogo, referente a tiros deflagrados contra a residência do casal de adolescentes.