Diversos pais e responsáveis de crianças decidiram denunciar um suposto caso de estelionato ocorrido em Camaçari, por meio de um curso de ‘bombeiro mirim’ para o público infantil que, na verdade, não passava de um golpe financeiro.

A ocorrência foi registrada em conjunto na última sexta-feira (19), na 18ª Delegacia Territorial (DT), mas algumas vítimas ainda estão indo de forma espontânea para realizar o registro do caso. De acordo com informações iniciais, cerca de 220 crianças participaram do ‘projeto’, que era pago e acabou gerando uma tremenda dor de cabeça.

Os responsáveis pelo CNI – Centro de Formação Profissional, empresa que ofertou o tal curso, fizeram a divulgação em escolas públicas e particulares, conquistando parte significativa dos alunos, que convenceram os pais a inscrevê-los. O valor da ‘formação lúdica’ seria de R$127 mensais, durante 8 meses.

Tudo aconteceria em um colégio privado no centro da cidade, que segundo eles teria sido alugado para abrigar o curso de bombeiros mirins. A aula inaugural ocorreu em 27 de abril e, a partir daí, os encontros seriam realizados nos sábados, em dois horários diferentes.

Porém pouco tempo depois, os problemas apareceram. O que era para ser um ponto fixo para a formação, acabou se tornando uma completa desorganização. Justificando “falta de orçamento para pagar o aluguel”, a CNI começou a fazer os encontros semanais em lugares aleatórios, a exemplo do Horto Florestal, sem nenhuma estrutura conforme prometida.

Algumas mães ainda pontuam que houve manipulação seguida de estelionato, pois muitas crianças foram enganadas pelos palestrantes, que diziam que o curso era de graça, com várias visitas técnicas, aulas de rapel e primeiros socorros, coisa que nunca foi efetivada.

Agora, com a denúncia, as vítimas descobriram que o CNPJ usado pela empresa é marcada com uma série de processos judiciais sobre o mesmo crime, em todo o país. Há informações de que nem há representante legal, dificultando o andamentos dos casos.

 

Empresa acusada responde

A CNI enviou uma nota à imprensa, se defendendo do suposto caso de estelionato, apontado por pais que sentiram lesados em Camaçari. Ainda reforça que as denúncias são “infundadas” e mentirosas, dizendo ser uma empresa que mantém o objetivo de transparência e desenvolvimento educacional.

“A CNI – Centro de Formação Profissional vem a público esclarecer que as acusações recentemente proferidas contra nossa instituição são completamente inverídicas e infundadas. Reiteramos que somos uma empresa séria, comprometida com a qualidade do ensino e com a formação de nossos alunos. Continuaremos a manter nossos padrões de excelência e a agir com total transparência, em prol da educação e do desenvolvimento profissional de nossos estudantes.”

 

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