Um promotor foi afastado de suas funções após ser acusado de ter envolvimentos com uma facção criminosa, auxiliando no processo de soltura de seus integrantes. O caso aconteceu no Acre e ganhou repercussão depois do Ministério Público estadual iniciar as investigações sobre a denúncia.

A história ganha um novo capítulo quando é descoberto que Tales Fonseca Tranin teria se envolvido sexualmente com mais de 20 presos, que estavam sob regime semiaberto. A informação foi logo desmentida pela sua defesa, porém acabou voltando atrás e confirmando a informação em uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (13).

O advogado alega que o promotor mantinha relações casuais com detentos fora do presídio, sem qualquer ligação com grupos criminosos, e pagava por estes momentos – como um serviço de garoto de programa.

“Esses contatos se deram exclusivamente em sua residência e mediante pagamento. É importante que isso fique claro. Ele nunca teve qualquer outro tipo de contato com essas pessoas, seja de convívio, seja de amizade, seja de qualquer outra natureza. Muito menos envolvimento com organização criminosa e com a prática de um crime”, afirmou Erick Venâncio, que cuida da defesa de Tranin.

O escândalo começou em fevereiro de 2023, após uma ocorrência de roubo, onde o carro do jurista teria sido usado no crime. Tales Tranin nega as acusações que tenha emprestado o veículo para o cometimento do assalto e sua defesa ainda criticou que estes dados, que estão sob sigilos, tenham sido revelados publicamente.

O Ministério Público acreano não se pronunciou após a coletiva de imprensa e deve aguardar o andamento das investigações.

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