O deputado federal Luiz Carlos Caetano (PT) foi sabatinado nesta quinta-feira (24), na Rádio Sucesso FM, durante transmissão do Programa Acorda Bahia, comandado pelo radialista Roque Santos.
Questões como a polêmica lista de pagamentos da Odebrecht a políticos, a situação envolvendo a mobilização sobre Impeachment da presidente Dilma, as eleições municipais em Camaçari, fizeram parte da entrevista, que contou com outros nomes da comunicação da Região Metropolitana de Salvador, como Paulo Cosme, da TV Conexão e Moura Positivo, do Portal Abrantes.
Lista da Odebrecht
Paulo Cosme, da TV Conexão, questionou a polêmica lista da Odebrecht. Prontamente Caetano disse que nomes da oposição como ACM Neto e Aleluia (DEM) também estão na lista de pagamentos da empresa, “e isso eu não questiono”, pontuou petista, complementando que, de acordo com o vem sendo veiculado nas mídias é que possivelmente “essas listas são das doações para eleições de 2010 e 2012, e isso deve ser investigado”, reiterou.
“Essa lista é a realidade da doação empresarial para campanha política eleitoral. Coisa que derrubamos no Congresso. Hoje não tem mais doação empresarial, agora é doação individual, pessoa física”, afirmou ao radialista Roque Santos. “Quase a totalidade dos partidos contavam com a doação empresarial das campanhas”, complementou.
Impeachment
Sobre o pedido de Impeachment da presidente Dilma, Caetano reafirmou que o grande questionamento da oposição é a chamada “pedalada fiscal”, que segundo o deputado, seria a utilização de recursos dos bancos públicos para pagamento de programas como o Bolsa Família.
Eleições Municipais
“O que é que Helder tem a oferecer para a população de Camaçari, um homem envolvido com a contravenção?”, questionou o deputado petista se referindo as eleições no município, reiterando que, “aconteceram grandes mudanças no aumento das discussões de ideias de melhorias para a população, enquanto antes, uma pessoa votava diversas vezes para favorecer grupos políticos”, denunciou.
Questionado sobre se houve boicote por parte de seu grupo ao governo Ademar, Caetano reiterou que os responsáveis sobre licitações, secretários, entre eles o de planejamento e no total, quem decide o que se faz em Camaçari é Ademar e seu grupo de pessoas. “Por que comigo deu certo e com os outros não deu? Eu ligava para o secretário às 6h da manhã, ligava pra Limpec e vivia a realidade da cidade, e fiz isso muito bem. Agora temos que reorganizar a casa, buscar recursos perdidos e se não fizermos isso como Camaçari pode voltar a crescer?”, disse o deputado se referindo ao seu desejo de retornar a ser prefeito nas próximas eleições.
Sobre a saída do agora ex-petista Ademar Delgado, prefeito de Camaçari, “é como um trem, e que cada passageiro pode ir até o final ou descer no meio do caminho”, disse Caetano, afirmando que Ademar desceu desse trem e mostrou “a sua cara”. “Apontei erros no governo Ademar e não fui ouvido”, alegou o deputado federal, como um dos motivos para seu desligamento da administração que ele mesmo apoiou nas últimas eleições para prefeito.
Questionado se o governo Ademar chega até o mês de junho, do jeito que está, Caetano foi enfático. “Vamos esquecer esse governo e se preocupar é com o futuro. Quero aproveitar meu tempo, pois tenho que ir para Brasília logo na segunda, tenho reuniões em vários lugares. A questão central é preparar a campanha e o depois da eleição”, concluiu.
Roque perguntou como está o grupo de Caetano, se houve fortalecimento, já que algumas pessoas se desfiliaram, junto com Ademar nesta semana. “Nós conseguimos dialogar mais com a sociedade em pouco mais de um ano, conseguimos ocupar o espaço deixado por algumas pessoas que deixaram nosso grupo. Temos uma turma de candidatos que vem dando um gás enorme, pessoas jovens e pessoas que tem uma história de construção em Camaçari. Enfim, não quero me misturar com quem não presta nessa campanha”, disparou.
A Feira de Camaçari
Grande polêmica no município, a Feira de Camaçari, que fica no centro da cidade, também foi abordada na entrevista. Para Caetano qualquer mudança na Feira de Camaçari só deve ser feita com a participação e desejo dos feirantes que já estão lá. “Temos que discutir também qual secretaria municipal ficará responsável para cuidar da Feira e como será esse trabalho”, finalizou o deputado.