A paralisação dos motoristas de caminhões-pipa da cidade de Itabuna, ao sul da Bahia, se encerrou, nesta segunda-feira, 25. Iniciada no último sábado, a greve se deu por atraso no pagamento. Segundo a prefeitura, 35 carros contratados pela Defesa Civil retomaram o abastecimento de 130 tanques com água potável destinados a atender a população.
Os caminhões foram contratados para amenizar a situação dos moradores das cidades que passam por uma longa estiagem. Itabuna enfrenta uma crise hídrica, devido à estiagem e, por isso, está sendo abastecida por carros-pipa, que levam água da Estação de Ubaitaba, cidade a 60 quilômetros de Itabuna.
No dia dois de dezembro foi decretada situação de emergência em Itabuna, devido à falta de chuva que, mesmo quando cai, é insuficiente para encher as cabeceiras dos rios que abastecem a cidade. Estamos captando água da Estação de Ubaitaba. A paralisação dos motoristas começou no último sábado, quando 20 caminhões deixaram de abastecer a cidade”, explica o coordenador municipal de Defesa Civil, José Roberto Avelino.
O retorno dos motoristas ocorreu após acordo com a prefeitura, que garantiu o pagamento do serviço até a próxima sexta-feira (29). O órgão explica, em nota, que o atraso “decorreu da necessidade de procedimentos junto à agência bancária, para a expedição do cartão de pagamento, solicitado em 23 de março”. A reportagem não conseguiu contato com motoristas contratados para o abastecimento da cidade.
Segundo a Empresa Municipal de Água e Saneamento de Itabuna, a estiagem dura 180 dias no sul da Bahia, e a verba para a compra da água nos carros pipa é dos governos federal e estadual, porque a água potável está em falta nos rios Almada, Colônia e Salgado, fontes de abastecimento da cidade.
Por dia, são cerca de 100 viagens entre as estações de tratamento de água da Empresa Baiana de Águas e Saneamento e o município de Itabuna. Além das residências e hospitais, são abastecidos postos de saúde, unidades escolares públicas, abrigos e asilos