O delegado Gustavo Tortorelli, do plantão central da Delegacia de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, pediu à Justiça, nesta quarta-feira (4), a prisão preventiva do rapaz suspeito de agredir a jovem Jéssica Nascimento, que estava grávida de aproximadamente 4 meses e perdeu o bebê por conta das lesões que sofreu. Até a publicação desta reportagem a juíza da Vara de Violência Doméstica da cidade não havia expedido parecer em relação ao pedido do delegado.
A jovem perdeu bebê após ser espancada pelo namorado, em Vitória da Conquista. Jéssica Nascimento, 21 anos que estava grávida de dois meses, do segundo filho foi ferida dentro de casa com socos e pontapés no último final de semana.
A vítima chegou a ser internada no Hospital Base de Vitória da Conquista, mas em virtude de ter levado várias pancadas na barriga, acabou perdendo o bebê na unidade médica nesta quarta-feira (27).
Segundo informações da polícia, o suspeito das agressões identificado como Américo Francisco Vínias Neto, de 24 anos foi preso em flagrante, mas liberado após pagamento de fiança de R$ 5 mil e responde por crime de lesão corporal em liberdade.
Família não sabia da gravidez
A tia da jovem que perdeu o bebê após ter sido espancada pelo namorado, afirmou que a família não tinha conhecimento sobre a gravidez da vítima.
A tia de Jéssica Nascimento, de 21 anos, acrescentou que foi procurada pelo pai e pelo advogado do agressor nesta quinta-feira, três dias após o registro do caso. “Eles se propuseram a ajudar. A família propôs transferência para um hospital privado, mas ela [a vítima] não tem condições de sair daqui. O estado de saúde é grave”, afirma Elma Augusta.
Desde o dia da agressão, a tia da jovem detalha que a sobrinha está internada em coma induzido no Hospital Base de Vitória da Conquista. Elma diz que o quadro clínico aponta inflamação nos pulmões e no abdômen, além de perda de consciência e dificuldades nas funções renais.
O advogado Gutemberg Macedo diz que seu cliente, o acusado Américo Francisco Vinhas Neto, de 24 anos, não namorava com a vítima. Américo foi liberado pelo delegado de Polícia Civil, Luiz Gustavo, que configurou o caso como violência doméstica, mas entendeu que a situação era afiançável.