A produção industrial (de transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, assinalou queda de 2,5% em abril de 2016, frente ao mês imediatamente anterior, após recuar 8,4% em fevereiro e avançar 7,3% em março.
Na comparação com igual mês do ano anterior, a indústria baiana caiu de 1,1%, segunda taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. A variação acumulada entre janeiro e abril de 2016 registrou taxa de 2,4% em relação ao mesmo período de 2015. No acumulado nos últimos 12 meses, a atividade teve recuo de 2,2% frente ao mesmo período anterior, queda menos intensa do que a observada em março último (-3,2%). As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).
Com 6 das 12 atividades pesquisadas assinalando queda na produção, o principal impacto negativo no período foi observado no setor Veículos (-31,2%), pressionado principalmente pela menor fabricação de automóveis. Outros resultados negativos no indicador foram registrados em Indústrias extrativas (-24,1%), Derivados de petróleo (-1,1%), Produtos de minerais não-metálicos (-12,2%), Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-30,8%) e Produtos de borracha e de material plástico (-0,5%).
As principais contribuições positivas vieram de Metalurgia (38,8%), em razão da maior produção de barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre e Celulose, papel e produtos de papel (21,7%), atribuída a maior produção de pastas químicas de madeira (celulose). Cabe mencionar também os avanços vindos de Produtos químicos (4,2%), Produtos alimentícios (7,0%), Bebidas (24,3%) e Couros, artigos para viagem e calçados (0,7%).
A redução no ritmo da produção industrial nacional, com taxa de 7,2%, na comparação de abril de 2016 com o mesmo mês do ano anterior, foi acompanhada em 12 dos 14 locais pesquisados, com destaque para os recuos mais acentuados assinalados por Espírito Santo (-21,9%), Amazonas (-21,3%), Rio de Janeiro (-9,5%), Pernambuco (-7,9%), Paraná (-7,5%), Rio Grande do Sul (-7,5%). Por outro lado, Pará (8,2%) e Mato Grosso (2,0%) obtiveram resultados positivos nesse mês.