Um dia depois da aprovação do texto da nova Reforma Trabalhista PLC 38/2017, trabalhadores de diversas categorias se mostram indignados com a decisão que vai mudar mais de 180 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para o presidente do Sindicato do Metalúrgico de Camaçari, Júlio Bonfim, trata-se de uma decisão vergonhosa, de um governo ilegítimo e afundado nas condições de corrupções. “Estão estuprando a nossa CLT de forma descarada. Foi um ato planejado por esse governo golpista que vem criando uma estrutura unicamente para os banqueiros e grandes empresários e retirando os direitos dos trabalhadores”, desabafou indignado o sindicalista durante entrevista para o Bahia no Ar, no início da tarde desta quarta-feira (12).
A nova proposta altera mais de 180 pontos da CLT, implantados em maio de 1943, permitindo mudanças como a prevalência do acordo entre patrões e empregados sobre o legislado nas negociações trabalhistas.
Na ocasião, Júlio informou que discorda da reforma a partir do momento em que a mesma foi colocada, a toque de caixa, onde todos os pontos das reformas trabalhista e previdenciária foram desrespeitados.
A proposta prevê ainda, além da supremacia do negociado obre o legislado, o fim da assistência obrigatória do sindicato na extinção e na homologação do contrato de trabalho. Além disso, acaba com a contribuição sindical obrigatória de um dia de salário dos trabalhadores.