Durante entrevista na manhã desta quarta-feira, 27, ao radialista Roque Santos, no programa Bahia No Ar, o secretário de Saúde de Camaçari, fez um balanço do que foi feito na pasta nos últimos meses.
Na oportunidade, Natan explicou que quando assumiu o cargo, deu prioridade a manter o funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) , reequipar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e ampliar a cobertura da rede farmacêutica do município.
Segundo o secretário, passada essa fase prioritária, a secretaria focou na requalificação das às unidades básicas, onde foram reativados 16 postos de coletas e recompostas todas as equipes das Unidades de Saúde da Família. O serviço odontológico nos postos de saúde foi reativado em torno de 50%, o CEO foi reativado e teve o serviço ampliado. Oito unidades de saúde passaram por obras de revitalização, a exemplo das USF’s de Parafuso e Gleba E. A vacinação anti-rábica também foi reativada em algumas unidades.
Sobre a regulação que ainda é um grande problema do município e alvo de diversas críticas por parte dos usuários, Natan explicou que o serviço de marcação está sendo implantado aos poucos nas unidades e pontuou que até o fim do ano todas irão realizar as marcações. “A gente sabe que ainda é um problema, mas até o fim do ano, vamos implantar o sistema de marcação em todas as unidades”, disse.
Durante entrevista, o secretario apresentou um relatório referente ao número de exames e procedimentos realizados nos últimos meses em toda a cidade. No entanto, afirmou que os números ainda não contemplam as necessidades do município e afirmou que a pasta está empenhada em trabalhar cada vez mais no intuito de atender a demanda.
A questão dos cartões do SUS, que segundo relatórios já apresentados pela Sesau, representam o dobro da população da cidade, também entrou na pauta da entrevista. Sobre essa situação, Natan explicou que existe um planejamento para que o município tenha um novo cadastramento do cartão do SUS, com a finalidade de excluir, aqueles que efetivamente não pertencem à localidade.
Na oportunidade o secretário ainda comentou sobre a crise no sistema como um todo e atribuiu o mesmo, a falta de recursos e a defasagem do modelo de saúde que atualmente se resume a tratar de doenças. Segundo o secretário é necessário conscientizar a população que saúde vai além do ato de tratar apenas de doenças, saúde tem a ver com qualidade de vida, ações preventivas e pontuou que enquanto as coisas permanecerem nessa perspectiva o problema não será solucionado. “Ou atuamos na origem ou nós vamos ficar enxugando gelo”, falou.