Com a proposta de alternância de poder, os deputados estaduais Rosemberg Pinto (PT) e Alan Sanches (PSD) podem unificar as candidaturas à presidência da Assembleia Legislativa para conseguir fazer frente ao atual líder da AL-BA, Marcelo Nilo (PDT). Segundo informações do site Bahia Notícias, última segunda-feira (10), Sanches declarou que ambos têm buscado “afinar discursos” e identificar quem conseguirá “aglutinar mais apoios” para a disputa, mesmo que um terceiro nome seja colocado como opção. “Não fazemos questão do nome. Se tiver outro que possa aglutinar, não tem problema. Não acho que sou melhor do que ninguém, mas sou a favor da alternância”, defendeu. “Não tenho nada contra o presidente, só acho que temos que dar oportunidade a todos os partidos”, alfinetou.
O deputado Rosemberg confirmou a possibilidade de união. O petista defende o fim da reeleição, o empoderamento da mesa diretora da Casa e uma gestão compartilhada proporcionalmente com os partidos. “A minha candidatura e a de Alan tem uma unidade no conceito. […] Não é para disputar com Marcelo, mas para apresentar um novo conceito de gestão. É com esse espírito”, contou. “Se necessariamente houver outro nome que consiga aglutinar situação e oposição que possa implementar esse programa, eu já deixei claro que posso apoiar. Mas minha candidatura deixou de ser isolada. Para ter qualquer mudança, temos que conversar com aqueles que me apoiam”, explicou.
Apesar da aliança, o deputado pastor Sargento Isidório (PSC) disse não recuar de sua intenção de chegar à liderança da AL-BA, mesmo classificando a liderança de Nilo como “excelente”. O pastor garantiu já ter alguns votos confirmados, apesar de alguns deputados terem pedido segredo. “Mantenho minha candidatura, até porque ela está crescendo. Eu não tenho medo dessa história de ‘tenho 30 votos, tenho 40 votos’. Quem vai decidir a presidência da Assembleia é Deus, falando no coração dos deputados”, afirmou. Ele acredita que o presidente poderá, eventualmente, apoiá-lo no pleito. “O próprio Marcelo Nilo, pela sua maneira de ser, pode entender que eu sou o caminho certo se não sentir que não terá as condições nessa briga de titãs. Eu posso ser uma saída honrosa tanto para ele quanto para o governador, que tem deixado a coisa acontecer democraticamente. Posso ser o candidato tanto do presidente quanto do Palácio. É só Deus tocar o coração”, afirmou.