A depender do andamento de processos que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vereador de Camaçari Elinaldo (DEM) pode assumir uma das vagas na Assembleia Legislativa da Bahia. Com a mudança administrativa na prefeitura de Salvador, prevista para 2015, prometida pelo prefeito ACM Neto, existe a possibilidade do edil substituir alguns dos deputados estaduais da bancada democrata na ALBA. Nos bastidores do Poder circula a informação de que, ou Fábio Souto (DEM), ou Bruno Reis (PMDB), ou Pablo Barozo (DEM), recém-eleitos para AL-BA, um deles poderá trocar a Casa por uma secretaria do governo de Neto. Desta forma, o vereador Elinaldo – que é 1º suplente da coligação – assumiria a vaga.
Mas para isso, ele teria que renunciar o cargo na Câmara de Camaçari, para assumir uma vaga na Assembleia, pois, atualmente, a Constituição proíbe um deputado ou senador de ser titular de mais de um mandato eletivo. Porém, tramita na Câmara Federal uma proposta de Lei chamada PEC 262 de 2013, de autoria do deputado Carlos Souza (PDS-AM) que permite ao vereador assumir como suplente, sem perder o mandato, os cargos de deputado estadual, deputado federal ou senador. Segundo o texto, a renúncia só será obrigatória quando o vereador assumir na condição de titular. A PEC aguarda aprovação para seguir pro Senado.
Outra possibilidade que o vereador tem de ascender à Assembleia Legislativa é através do julgamento definitivo do indeferimento do mandato do deputado Hilcécio Meirelles, ex- prefeito do município de Cairú, que teve as contas de 2008 e de 2011 rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios, porém aprovadas pela Câmara de Vereadores de Cairu. O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) deferiu a candidatura do deputado, porém, a ministra do TSE, Maria Thereza de Assis Moura jugou improcedente a candidatura de Hilcécio.
Ainda existe a possibilidade de Elinaldo ascender à ALBA através do recurso protocolado no TSE recorrendo a uma das 30 vagas da coligação “Pra Bahia Mudar Mais” encabeçada pelo PT. A vaga seria a do deputado Marcelino Neto (PT). No dia 8 de outubro, a assessoria jurídica do DEM entrou com a ação na corte eleitoral baiana alegando que houve erro de cálculo no resultado do primeiro turno das eleições deste ano. Com isso, a legenda Democrata teria direito a mais uma cadeira na ALBA, e, caso os recursos ao TSE sejam favoráveis, Elinaldo poderá sentar na 24ª cadeira da bancada aliada dos Democratas sem correr o risco de perder, no futuro, seu cargo.