Ado Jório de Vasconcelos e sua equipe do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais têm dado contribuições importantes para a biomedicina, por meio da ótica, aliada ao estudo de nanoestruturas. O trabalho do cientista vem ajudando a diagnosticar o Mal de Alzheimer, antes de a doença dar os primeiros sinais. Para isso, a equipe do professor estuda mudanças na estrutura do olho das pessoas.
“O olho é uma janela para o cérebro”, afirma Ado Jório. “Com um feixe de luz no nervo óptico, a gente é capaz de identificar o desenvolvimento do Alzheimer”.
A técnica desenvolvida no laboratório coordenado pelo cientista permite identificar, na retina dos olhos, a proteína beta amilóide. Quando essa proteína se acumula entre as células nervosas, interrompe a comunicação entre os neurônios e causa sua morte. A morte dos neurônios está associada à perda de memória e à demência, sinais do Alzheimer.
Identificar a beta amilóide no olho só é possível por meio de aparelho desenvolvido no laboratório do Dr. Jório, que aumenta 100 mil vezes o tamanho das coisas.