De acordo com os últimos dados sobre a compra através das plataformas digitais – também conhecidas como e-commerce –, houve abrupto crescimento no mês de maio deste ano, em um percentual 132,8% maior que o mesmo período no ano passado. Especialistas e estudiosos da área da economia frisam que o fenômeno está diretamente associado com a redução da possibilidade de compras presenciais em decorrência da pandemia do novo coronavírus, que resultaram no acréscimo de tempo que o brasileiro passa conectado à internet.
Muito embora as compras online tragam comodidade, advogados da área do direito do consumidor e direito digital alertam para os riscos dos cliques de compra. Isso porque, de acordo com recente pesquisa feita Kaspersky, empresa especialista em segurança digital, os números de ataques cibernéticos aumentaram mais de 350% somente no primeiro trimestre, aqui no Brasil.
Dentre as práticas mais comuns, estão os envios de e-mails em que os criminosos se passam por instituições bancárias, anexando boletos bancários sob o pretexto de suposta dívida que precisa ser quitada. Nas delegacias, também foram registradas inúmeras denúncias de usuários beneficiários do Auxílio Emergencial do Governo Federal, que enviaram informações para aplicativos fraudulentos presentes na Google Play – loja virtual dos celulares Android –, cadastrados por criminosos com nome similar ao aplicativo verdadeiro para recebimento dos valores.
Os usuários do aplicativo de mensagens WhatsApp também foram alvos de tentativa de fraude. Inúmeros relatos informaram que forneceram número de registro da conta do aplicativo para suposto agente público, por telefone. Neste momento, importa frisar que agentes públicos não pedem senhas por telefones.
A grande variedade de práticas cibernéticas ilícitas acendeu o sinal de atenção para os cuidados que devem ser tomados. Inicialmente, merece registrar que instituições bancárias, assim como demais empresas, possuem CNPJ. Caso o usuário receba um boleto por e-mail, deve verificar se o beneficiário do pagamento é, verdadeiramente, o banco da qual está vinculado. Entrar em contato por telefone da instituição e confirmar a necessidade do pagamento também é uma boa forma de se precaver destes problemas.
Ainda, recomenda-se pesquisar no Google pelo nome da empresa que o usuário deseja realizar a compra. Sites como o ‘reclameaqui’, guardam consistentes informações sobre experiências de consumidores com a empresa escolhida, momento em que o usuário deve filtrar as informações positivas e negativas antes de clicar no botão de compra.