O anúncio da mudança na condução da Secretaria de Desenvolvimento e Combate a Pobreza (Sedes), com a chegada de Moema Gramacho (PT), que tomará posse hoje, na Fundação Luiz Eduardo Magalhães (Flem), reacendeu a expectativa de que outras modificações estivessem a caminho no governo Wagner, mas, nos bastidores os sinais são de que novas redefinições na equipe devem tardar a chegar.
Nos corredores da Governadoria, interlocutores insistem que não há no dicionário do governador Jaques Wagner (PT) a palavra “reforma”, mas sim “ajustes pontuais”, que estão sendo feitos aos poucos e de forma “discreta”, assim como ocorreu na última semana com anúncio, à noite, do nome da ex-prefeita de Lauro de Freitas para a Sedes.
A fonte lembra que a especulação em torno de Moema surgiu desde o início do ano, sendo confirmada “somente após o fim do me disse sobre o assunto”. A indicação de Moema só não teria acontecido no início do ano, como estratégia de descanso de sua imagem, já que ela não conseguiu eleger seu sucessor em Lauro de Freitas.
Há um mês cogitava-se que a Sedes fosse ocupada pelo atual secretário de Relações Institucionais (Serin), Cézar Lisboa (PT), que deveria ser substituído pelo líder do governo, deputado Zé Neto (PT), que teria conquistado a confiança do governador por causa dos embates travados na Assembleia Legislativa.
Nem todas as apostas se confirmaram, mas aos poucos o primeiro escalão passa por mudanças. Havia expectativa em relação ao nome do ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, para a secretaria de Desenvolvimento Urbano ou ainda para algum posto federal, a exemplo de uma cadeira na direção da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), como um arranjo para conter a sua tentativa de se viabilizar ao governo em 2014.
Além disso, foi cotada a volta à gestão, do ex-secretário da Fazenda, Carlos Martins (PT), que se afastou do governo ano passado para concorrer à prefeitura de Candeias. Há especulações de que ele poderia substituir também o secretário de Desenvolvimento Urbano, Cícero Monteiro.
As questões foram negadas pelo secretário de Comunicação do governo, Robinson Almeida. Entretanto, ele apontou para o caminho de que não devem ser convocados pré-candidatos a cargos eleitorais em 2014. “Como foi falado, o governador não irá fazer uma reforma, mas fazer mudar peças para promover um ritmo melhor e adequado a esse período. Não tem nada planejado. Ajustes pontuais são da regra”, disse.
Segundo Robinson, o “foco” de Wagner agora é gestão. “O governador quer concluir o governo com os compromissos assumidos com a sociedade. Ele não vai colocar pessoas que terão que se desincompatibilizar para participarem da eleição. Esse não é o perfil que ele quer”, ressaltou. Fonte: Tribuna