Em depoimento dado a portas fechadas à polícia, a empresária Aline Eiras Sant‘Ana Bichara, 38 anos, mãe do menino de 6 anos assassinado pela manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, 22, disse que era amiga da acusada.
"Me senti traída", disse a empresária ao ser ouvida pelo delegado titular da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão Omena, na noite de quarta-feira (27). Ela falou da relação de amizade que manteve com a manicure nos últimos três anos de convivência.
Aline disse que considerava a mulher que matou o seu filho como uma pessoa íntima.
"Ela falava com a manicure sobre coisas que não falava para nenhuma outra pessoa", disse o delegado João Mário de Omena, responsável pela investigação, ao jornal Extra.
Manicure confessou ter matado João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos
Aline contou com revolta como foi consolada pela assassina após descobrir que o filho João Felipe Eiras Santana Bichara havia sido levado do Instituto Medianeira, colégio tradicional onde o menino estudava. Horas depois, o corpo do menino foi encontrado dentro de uma mala na casa onde Suzana do Carmo morava.
"A Aline está destruída. Chorava o tempo todo no depoimento e pedia ajuda, dizendo que essa situação não pode ficar impune. Ela se sentiu traída", contou o delegado, segundo a publicação.
Relação extraconjugal
Aline disse não ter conhecimento de qualquer relacionamento do marido, o empresário Heraldo Bichara Júnior, com a manicure, como a assassina disse à polícia. No entanto, diante da declaração da acusada, a mãe de João Felipe afirmou que passou a ter dúvidas.
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“Aline disse que, se o marido tinha alguma coisa com Suzana, ela nunca desconfiou de nada. As duas eram muito amigas. A mãe da criança só achava estranho o fato de Suzana vestir roupas caras e de marcas famosas, algo incompatível com seus ganhos como manicure”, disse delegado.
Para Omena, tudo indica que Suzana matou João Felipe para se vingar do pai ou da mãe do menino — ou de ambos. Após analisar imagens de segurança do Hotel São Luiz, no Centro de Barra do Piraí, onde ocorreu o crime, Omena concluiu que Suzana não teve ajuda de ninguém para o crime, ao contrário do que a assassina confessa alega.
Na terça-feira, a manicure disse que o taxista que buscou João Felipe na escola e o recepcionista do hotel tinham sido seus comparsas. “Nas imagens, só ela aparece chegando e saindo”, disse o delegado. Fonte: Correio