Nostálgica porque sente falta dos tempos em que formava a dupla com o irmão, Junior – “mas é uma nostalgiazinha boa de sentir, só porque foi muito importante pra nós, na nossa vida". Bastante calma porque julga não ter de provar nada a ninguém – “tive uma carreira de 17 anos ao lado do meu irmão, muito bem sucedida, com números dos quais posso me orgulhar”. Bem resolvida porque a imagem que cultivam dela vem causando cada vez menos preocupação – “o que eu vou ter como meta é não ter atitudes artificiais pra que as pessoas me vejam de uma certa maneira”. E quase completa porque “o que falta nessa questão pessoal é a maternidade, aí acho que vai estar tudo completo”.
E fácil supor o efeito que a palavra “maternidade” provoca no ambiente quando uma figura como Sandy a pronuncia. Não faz muito tempo, discutia-se sua intimidade com namorados e o marido. Agora, ela própria anuncia a vontade de ser mãe. Ela não empreende qualquer esforço extra para fazer soar natural o “anúncio”. Tranquilamente, antes de receber de volta qualquer pergunta específica sobre o tema, a própria Sandy finaliza o assunto: “Não vai ser agora”.
Dentre seus planos de “agora”, estão, além da divulgação do DVD, a participação (como atriz) na minissérie "As Brasileiras", a ser exibida em 2012 pela TV Globo, e uma série de shows interpretando músicas de Michael Jackson. A turnê começa no dia 19 deste mês, em Curitiba. Depois, é a vez de são Paulo (21), Ribeirão Preto (8 de dezembro), Goiânia (18 de dezembro) e Recife (18 de janeiro). Também participam do chamado “Projeto Covers”, mas em outras datas e locais, Maria Bethânia, cantando Chico Buarque, e Lulu Santos, cantando Roberto Carlos.
“Sandy Manuscrito ao Vivo” será lançado oficialmente no dia 24 de novembro e tem participações de Seu Jorge e Lenine. Ela reconhece que as vendas do trabalho novo deverão estar bem distantes dos tempos áureos da carreira. E reconhece também que atualmente “com certeza as vendas representam muito menos pro artista e pras gravadoras.”
Em seguida, confessa um segundo objeto de sua saudade: a indústria fonográfica pré-internet. “O nosso faturamento [dos artistas] é [hoje] mais com show, campanhas e coisas assim, ações de internet, sei lá. Eu sou um pouco nostálgica daquela maneira de trabalhar [do passado].” Prudentemente, porém, Sandy diz entender que as coisas mudaram e encontra pontos positivos na mudança. Conta que tem usado muito o Twitter: para expressar sua "verdade", desmentir informações.
"Eu me sentia sempre tão impotente [antes] quando saíam boatos, fofocas maldosas e eu não podia fazer nada pra me defender… Mas o lado negativo é este: às vezes, a gente pode se empolgar no momento e expor mais do que a gente quer." As informações são do G1.